Editorial

28 DE MAIO DE 1911
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Rita Costa

Rita Costa

Estudante Universitária

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Que 2021 seria “atípico”, todos sabíamos. Não vamos voltar ao “normal”. Nada vai ser como antes. Não falo por mim, falo pela História. Virão os “loucos anos 20”?

2021 vai ser um ano decisivo. A começar logo pelo mês de janeiro. Ficaremos confinados. Mas que isso não nos impeça de no dia de 24 (ou mais cedo) exercermos o nosso DIREITO de voto. Enquanto cidadã, votarei pela manutenção da democracia. Enquanto mulher, honrarei uma luta que não deixa sombra de dúvidas que o voto, mais que um direito, é um dever.

28 de maio de 1911. Uma mulher votou em Portugal, pela primeira vez. Carolina Beatriz Ângelo encontrou um “gap” na lei e votou. Contudo, em 1913, o voto da mulher foi, sem margem para ambiguidades, proibido. Mas a semente de uma luta que ainda perdura nos dias de hoje, foi plantada. Só se viria a afirmar, enquanto direito universal, com o 25 de Abril.

Não passaram assim tantos anos. Não fosse o ativismo e a coragem de pessoas como Carolina e, provavelmente, eu não votaria; nem estaria na universidade; nem estaria a escrever isto.Não estou a ser exagerada.

Sempre que formos chamados a votar – desta vez com máscara, viseira, álcool-gel e caneta na mão – lembremo-nos de todas as Carolinas que lutaram para que a TODOS fosse garantido esse direito. Mas hoje, mais que nunca, temos uma responsabilidade acrescida: assegurar que a democracia vença!

 

 

 

 

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