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58% das empresas portuguesas afirma que a inflação está a limitar capacidade de fazer crescer o negócio

Crescimento do tecido empresarial

62% dos inquiridos esperam que as taxas de juros continuem a subir; 58% das empresas portugueses admitiu que a inflação é responsável por restringir a capacidade de crescimento dos negócios e do aproveitamento de novas oportunidades; 45% das empresas portuguesas referem que estão a tomar medidas para garantir que pagam aos seus fornecedores a tempo;

A Intrum acabou de publicar o seu mais recente estudo, o EPR – European Payment Report 2023, baseado numa pesquisa realizada simultaneamente em 29 países europeus com a participação total de 10.556 empresas europeias, de 15 setores de atividade diferentes.

O Estudo descreve o impacto que os atrasos de pagamento têm sobre o desenvolvimento e o crescimento nas empresas Europeias e envolve a opinião de mais de 10.000 executivos de alto nível, analisa como as empresas combatem e como gerem os seus problemas económicos e de liquidez. Em Portugal, 251 empresas participaram no inquérito.

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No que diz respeito às principais conclusões do EPR em Portugal, é de destacar que 58% das empresas portuguesas afirmam que a inflação está a limitar a sua capacidade de fazer crescer o negócio, 7 pontos percentuais acima da média europeia (51%).

É sabido que 2022 foi um ano forte para a economia portuguesa, tendo registado a sua maior taxa de crescimento em mais de três décadas. No entanto, a inflação elevada ameaça atenuar as perspetivas positivas e por isso, o governo português decidiu reduzir o IVA sobre alguns produtos alimentares para aliviar as pressões do aumento do custo de vida.

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Segundo o EPR 2023, os inquiridos portugueses mencionaram o aumento das taxas de juro (63%), os devedores com problemas financeiros (63%) e o aumento da inflação (61%) como os maiores e principais desafios que condicionam a capacidade dos seus clientes efetuarem os pagamentos de forma atempada e total nos próximos dois meses.

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Fonte: estudo EPR 2023 Portugal

O mais recente estudo da Intrum reflete ainda que as empresas portuguesas são mais propensas do que a média europeia, a considerar que os atrasos dos pagamentos dos clientes afetam os seus negócios em quase todas as áreas: 36% dizem que os atrasos nos pagamentos impedem o crescimento da empresa, em comparação com 30% (média europeia). No entanto, apenas 45% das empresas portuguesas dizem estar a tomar medidas para garantir que pagam aos seus fornecedores a tempo, em comparação com 56% da média europeia.

Estratégia de risco e perspetiva de crescimento

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A alta inflação em toda a Europa está a obrigar as empresas a dar prioridade à redução de custos em detrimento do crescimento do negócio. Em Portugal, quando confrontados com as principais medidas a implementar este ano para gerir a conjuntura atual ou uma eventual recessão económica, o top 3 de medidas a adotar nas empresas portuguesas é: planear reduzir os custos (36%); ser mais cuidadoso em assumir dívidas financeiras (28%) e aumentar as vendas (27%).

Fonte: EPR 2023 Portugal

No contexto da atual situação económica, marcada por problemas nas cadeias de abastecimento e aumento dos custos, bem como perturbações do crescimento económico, estão a aumentar os desafios para as empresas europeias, afetando o seu rendimento e enfraquecendo os seus resultados financeiros. Assim, 6 em cada 10 empresas em Portugal, esperam que, nos próximos 12 meses, esses fatores afetem os pagamentos dos seus clientes.

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Fonte: EPR 2023 Portugal

Como resultado destes desafios, as empresas sentem-se forçadas a sacrificar o crescimento pela eficiência. Embora quase 6 em 10 empresas desejem expandir os negócios em 2023, uma proporção muito maior (73%) diz que cortar custos e melhorar a eficiência é uma prioridade no cenário económico atual. Mais de um terço (37%) espera que a sua empresa assuma mais dívidas este ano para se manter competitiva.

Em Portugal, 62% dos inquiridos esperam que as taxas de juros continuem a subir e por isso mesmo, estão a ficar mais cautelosos com os seus empréstimos e gastos. Valor este superior à media europeia (56%). Para além disso, 51% dos portugueses afirmaram estar tão concentrados em gerir os riscos económicos para o seu negócio, como a inflação, que negligenciaram iniciativas que os tornariam mais competitivos como empresa. Ainda assim esta percentagem é inferior à média europeia (53%).

Com receio de se endividarem, 58% das empresas portugueses admitiu que a inflação é responsável por restringir a capacidade de crescimento dos negócios e do aproveitamento de novas oportunidades.

De acordo com Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “A alta inflação e o aumento dos custos laborais, estão a afetar os resultados das empresas obrigando-as a dedicar tempo e recursos para gerirem a crise de liquidez. Um fluxo de caixa sólido e uma gestão de crédito adequada são fundamentais quando se navega num ambiente global cada vez mais incerto”.

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