Por esta altura do ano, as bermas das estradas e caminhos e em muitas partes dos montes, estão alegremente ornamentados pelo vistoso e intenso amarelo, proveniente das flores das mimosas e das austrálias que pertencem à família de infestantes.
Exalam, porém, um perfume delicioso, doce, que nos remete para o início da Primavera. Bem sei que são infestantes e, principalmente, as austrálias ganham muita vantagem, em relação às mimosas e aparecem por todo o lado.
Durante anos, a madeira das austrálias, era aproveitada na construção civil.
Talvez fosse melhor repensar o modo como as vemos e tentamos eliminar, e promover, de forma controlada, a sua cultura não cortando todos os pés.
Durante anos, o município de Viana do Castelo, promovia a festa da Mimosa em Flor. Acabaram com a mesma tendo como premissa que a dita festa seria o mesmo que estar a promover uma árvore infestante.
Conclusão: a única coisa que acabou foi a festa e não as mimosas.
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Por sua vez, os primeiros salgueiros já começaram a florir pontilhando aqui e ali, a paisagem rural, acompanhados pelo renascer dos sabugueiros que, mais tarde, darão uma flor excelente com pergaminhos medicinais. Preguiçosos, os carvalhos autóctones, ainda não se libertaram completamente das suas folhas. Até nisso, os carvalhos, são resistentes, além de belos.
As árvores de fruto já emitem sinais com as borbulhas cada vez mais salientes, sinal que estão em ebulição.
Ao nível do chão rebentam as pascoelas autóctones que, evidenciam o amarelo da sua flor contrastante com o verde envolvente das folhas.
A pouco menos de um mês da entrada da Primavera, a natureza emitiu os primeiros sinais de que depressa acordará, em pleno, e nos oferecerá o seu majestoso esplendor com uma paleta de cores ainda por inventar.
Saibamos olhar para a natureza, usufruí-la, e ao mesmo tempo respeitá-la, porque é um privilégio acompanhar as quatro estações do ano, na sua plenitude, o que não acontece em todo o Mundo.
(José Venade não segue o actual acordo ortográfico em vigor)
