Acomodados ou Resignados?

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José Venade *

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Distraídos pelas férias, ou pelas festividades que por esta altura do ano alegram o país, privados que fomos, delas, durante dois anos, damos uma menor importância aquilo que vai acontecendo em Portugal no seu quotidiano.

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Desde os fogos aterrorizadores que dizimaram áreas consideráveis da floresta em áreas sensíveis, e não só, e que, a ministra de Estado e da Presidência, achou como coisa boa e regeneradora, dizendo que agora até ia ficar melhor, (?) passando pelo caos nas urgências e encerramento de muitas, a falta de médicos e enfermeiros, (estes pagos miseravelmente) às demissões de administrações hospitalares, e, com a chegada do Verão, à morte de milhares de pessoas, idosas, com números de há 40 anos atrás.

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Como será no Inverno, com o frio, porque nada foi feito nesse sentido?

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E que dizer das grávidas que, por falta de atendimento nas urgências de obstetrícia, nos hospitais da sua área de residência, foram encaminhadas, à pressa, para hospitais distantes com custos para elas, como a perda dos filhos e da sua própria vida?

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A tudo isto, o Primeiro-ministro, a Ministra da Saúde e o Presidente da República, ignoraram e disfarçaram o caso, com retórica de circunstância.

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Não é por falta de dinheiro, disse o Ministro das Finanças, mestre na área da procrastinação e da mentira.

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E que dizer da enorme sinistralidade rodoviária, ou da quantidade de pessoas que morreram afogadas nas praias?

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A morte da última parturiente no dia 27 de Agosto terá sido a gota de água que levou à demissão da, incompetente, ministra da saúde, Marta Temido, levada ao colo pela casmurrice militante do primeiro-ministro, António Costa, com a beneplácito do Presidente da República, qual pára- raios de um governo sem tino, sem o mínimo sinal de querer fazer algo de importante para o país seja em que área for.

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O Serviço Nacional de Saúde, (SNS) ultrapassou os dificílimos tempos da Troica (2011/2014) sem problemas de maior. Mas o sucessivo desinvestimento, por parte da geringonça, que lhe sucedeu, começou a vir ao de cima e a situação a deteriora-se diariamente. Com a crise pandémica, onde esta ministra da saúde evidenciou toda a sua arrogância e incompetência para o cargo. Só por mera cegueira partidária foi mantida no cargo uma pessoa tão incapaz para o mesmo. Por causa disso, lideramos o triste ranking de pessoas mortas com o Covid 19. E, nesse caso, não seria apenas a ministra a ir para a rua, mas todo o governo, porque já provou que, quer nos grandes incêndios de Pedrogão, quer na crise pandémica, não tem competência para lidar com situações de urgência nacional.

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E não fosse o pulso firme do vice- Almirante, Gouveia e Melo, que ficou conhecido “pelo senhor das vacinas”, chamado que foi, pelo governo de Costa, para tomar as rédeas onde um fracassado boy do PS que falhara rotundamente em de todo o processo de vacinação, e teríamos o caos absoluto. Mas, mais uma vez, foi Marta Temido que beneficiou da competência de Gouveia e Melo.

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Tudo esqueceu e chegados às eleições legislativas, prevaleceram os resultados eleitorais tidos na sua área, Coimbra, e Marta Temido, foi de novo chamada ao governo, para o mesmo cargo. Os favores ou prebendas pagam-se.

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Com esta demissão nada ficou resolvido daquilo que é o mais importante e essencial na vida das pessoas, a saúde. Ficamos no mesmo sítio. Estamos num pântano criado por este governo que, nos sete anos que leva de governação, destruiu o SNS e outros sectores chave de Portugal com tantas cativações.

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Não há como esconder o desinvestimento na saúde, trazido ao de cima com a anárquica ideia de pôr fim às parcerias público privadas (PPP) na área da saúde, que foram um êxito. Disse-se, na altura, que foi uma cedência que Costa fez à extrema-esquerda, ao BE e ao PCP, para se manter no poder, mas uma vez obtida a maioria absoluta, o erro persistiu e cada vez estamos piores. Os médicos continuam a fugir para o sector privado, aonde são bem remunerados e há disciplina na gestão.

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Enquanto isso o SNS vai de mal a pior e o país, num todo, está um caos.

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António Guterres, ex-primeiro-ministro, socialista,1995/2001, de má memória, demitiu-se após seis anos de governo porque achou que o país que governou, estava um “pântano político”, obra sua.

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Sucedeu-lhe no cargo, Durão Barroso, social-democrata, 2002/2004, que por achar que “Portugal estava de tanga”, sem dinheiro para nada, fez o mesmo, seguindo directamente para Presidente da Comissão Europeia.

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E Costa?

* O autor não segue o actual acordo ortográfico em vigor.

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