Compre já a nova edição do livro MINHO CONNECTION

Actor monçanense faz balanço de nove anos de carreira

Sérgio Quintana

A arte estava presente na vida de Sérgio Quintana. E 2007 teve a estreia em teatro. Apesar de nascer em Monção, foi do outro lado do rio Minho, que conseguiu realizar-se profissionalmente. Actualmente reside na Corunha e já participou em dezenas de produções em teatro, cinema e televisão. Em Portugal, também já fez algumas participações, mas espera mais oportunidades.

Minho Digital (MD): Nome?
Sérgio Quintana (SQ): Sérgio Quintana

MD: Idade?
SQ: (Risos) É pergunta proibida para atores…geralmente dizemos a idade de acting, a minha está entre 30 e 40.

MD: Como surgiu o gosto pela representação?
SQ: Desde criança sempre quis ser artista, desde muito cedo interessei-me pela música e pelo cinema, com oito anos já ouvia rock e pedia cassetes aos meus pais, e com 11 anos vi por primeira vez um filme do Pedro Almodóvar, lembro-me perfeitamente desse momento, foi algo que me ficou gravado na mente. À medida que fui crescendo e tendo noção do quanto o cinema era importante para mim fui tendo cada vez mais a certeza que eu queria estar do outro lado do ecrã e decidi começar a procurar onde e como poderia começar o caminho.

PUB

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

MD: Nascer numa terra como Monção foi uma dificuldade ou um desafio?
SQ: As duas. Foi uma dificuldade pelo facto de ficar longe de todos os sítios onde poderia começar um projecto ou carreira como actor. Mas foi também um desafio a nível pessoal ter de me enfrentar sozinho à procura do sonho, a nível pessoal só me fez bem, fez-me aprender e crescer muito como pessoa e tudo o que vivi no início foi mágico, a descoberta, a esperança, a motivação…

MD: Com que idade pisaste o palco pela primeira vez?
SQ: Foi em 2007. A idade prefiro não responder (risos).

PUB

MD: Com que peça?
SQ: Com uma peça de Bertold Brecht, “Tambores na noite”. Fazia o papel de Sr. Babush, um jornalista ambicioso que era íntimo de uma das famílias mais ricas de Berlim na época da guerra. A peça foi encenada pela minha primeira professora de teatro, Irene Moreira.

MD: Em quantas produções já participaste?
SQ: Em vinte curtas-metragens, duas longas metragens, cinco séries de televisão, uma web série, dez peças de teatro, dois videoclips musicais e duas publicidades. Além de várias animações em festas, etc…

PUB

MD: Já fizeste cinema, teatro e televisão. Consegues eleger uma preferida?
SQ: Pergunta difícil….Gosto muito das três. O cinema é como a consagração! Fazer cinema é o máximo a que poderia ter aspirado. O teatro é algo que me alimenta a alma e me enche de energia, não há nada mais gratificante que ouvir os aplausos do público quando acabo de trabalhar para ele, de dar o meu melhor para fazer que as pessoas passem um momento agradável a ver esta arte. E a televisão é um grande meio para nos dar a conhecer como profissionais, além de que sempre é bom poder criar personagens, há menos tempo para faze-lo que no cinema, já que na televisão tudo é muito mais rápido em termos de criação e gravações. Definitivamente, preciso das três coisas, um actor gosta de representar seja em que meio for.

MD: Apesar da maior parte da tua carreira passar por Espanha, já participaste em produções nacionais. Quais?
SQ: Sim, participei na curta-metragem “Fragmentado” do realizador Paulo Próspero em 2013 e recentemente fiz um personagem episódico na telenovela “Santa Bárbara” da TVI.

PUB

MD: Qual a diferença entre Portugal e Espanha?
SQ: A nível profissional a diferença nota-se no tipo de produções, em Portugal fazem-se mais telenovelas e em Espanha fazem-se mais séries, na minha opinião ambas são de boa qualidade. As produções portuguesas estão á altura das produções feitas em Espanha a nível
nacional. A nível pessoal adaptei-me perfeitamente, os espanhóis são acolhedores e bons anfitriões.

MD: Projectos de futuro?
SQ: Acabo de estrear uma peça de teatro “Diálogo” e espero que tenhamos muitas actuações.
Tenho agora em mãos um projecto teatral para estrear em Junho, começo os ensaios em breve. Gravei recentemente uma curta-metragem que deve estrear em Março e fiz um casting para um filme, quanto a este projecto isto é o único que posso adiantar. Também estou prestes a acabar um curso de dobragem que já dura há alguns meses e está a ser uma experiência muito enriquecedora, dar voz aos personagens é um trabalho bastante mais interessante e divertido daquilo que imaginava.

PUB
  Partilhar este artigo
  Partilhar este artigo
PUB
PUB

Junte-se a nós todas as semanas