Para os leitores menos prevenidos, vimos lembrar que no Alto Minho existe um aeródromo, que é utilizado em oitenta por cento, por aeronaves de origem galega.
Inserido numa área que ocupa 20 hectares, o Aeródromo Cerval, (palavra formada pelas primeiras sílabas das palavras Cerveira e Valença), está equipado com uma pista em betão que se estende por 700 metros de comprimento, um heliporto e dez hangares.
Já existe há 26 anos tendo sido aproveitado a partir de uma pista construída para o apoio ao combate a incêndios. Tem um aeroclube, liderado por Manuel Campos, um galego residente em Vigo (Espanha) mas que não falha a sua presença naquele local todas as semanas. Possui ainda entusiástico setor de ultraleves que já viciou e atrai imensa juventude.
Até a situação é privilegiada, pois fica entre Valença e Vila Nova de Cerveira, mais propriamente na freguesia de Vila Meã sendo o único do Distrito de Viana do Castelo.
Claro que este local é altamente aproveitado pelos espanhóis até porque não existe outro com tão boas condições no sul da Galiza e pelos vistos os nuestros hermanos sentem-se bem tratados, pudera! Com estas condições, a nossa comidinha e o tratamento à portuguesa, o que vão querer mais?
É de estranhar que os nossos visionários políticos ainda não se tenham empenhado na possibilidade de utilizar este tesouro da região para relançarem melhor os nossos transportes e por consequência o próprio turismo, fundamentalmente aquele que está relacionado com a aeronáutica.
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Quando falamos em turismo estamos a salientar também o turismo artístico pois em Vila Nova de Cerveira existem amplas condições para tal; desde a paisagística natural, as escolas de arte, o Mosteiro, os diversos monumentos históricos e não só, mas fundamentalmente a Bienal que na nossa opinião deveria usufruir de mais acentuado interesse na sua divulgação nacional e internacional.
Estamos a recordar esta situação porque fomos informados por fonte fidedigna que a empresa AERO VIP SEVEN AIR foi autorizada a estabelecer a ligação aérea entre Bragança e Portimão. Continuamos a favorecer o Algarve, esquecendo mais uma vez cá o pessoal do Alto Minho.
E se pensássemos em estabelecer uma ligação aérea, regular, entre o Alto Minho e Lisboa?
