Manso Preto
Director / Editor
“Havemos de ir a Viana” da Romaria d’ Agonia, um videoclipe de divulgação das Festas da Sra. D´Agonia, não podia ser pior escolhido. Está fora da análise To mérito das filmagens, mas quanto a coreografia e música, uma tristeza. E cantado em inglês…
O Minho é conhecido , e nomeadamente a Festa Rainha, não só pela sua hospitalidade, mas também pela alegria das suas gentes, o folclore, cantares ao desafio, o sotaque, o colorido e grandeza das vestes das suas lavradeiras…
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Desta vez, o ideólogo escolheu um grupo de 48 dançarinos e músicos a entoar sons de hip-hop. Lavradeiras de um lado para outro, descalças e a bailarem em ‘bicos de pés’, como se o que nos identifique seja reconhecido num ballet clássico…
Amália Rodrigues e Pedro Homem de Mello voltariam a morrer se ressuscitassem!…
A organização não teria dificuldades em requerer os serviços de quem, verdadeiramente, nos identifica.
O Rancho de Santa Marta de Portuzelo ou o Etnográfico da Areosa, entre outros, anualmente aclamados e premiados nos festivais internacionais que se vão realizando pelo mundo, dir-nos-iam muito mais. Os fogos de artifício… Onde estão? A chieira, o acordar ao som dos estrondosos foguetes, o espectáculo na Praça da República (sala de visitas) com cerca de 3 centenas de homens incansáveis a ‘massacrar’ os bombos, enfim!
Numa edição das Festas d’Agonia para sentir à distância, devido à pandemia de covid-19, a Comissão de Festas deixou em segredo a novidade para, precisamente, abrir o programa, pelas 19:30, divulgando tão infeliz videoclipe através das redes sociais da Romaria.
Que falta fazem um Amadeu Costa, Francisco Cruz, Joaquim Ribeiro e um bom número de vianenses anónimos de corpo inteiro que – estou certo – jamais pactuariam com tamanha ignorância pelas nossas tradições!
Pior que isto, só faltava saber-se que os trajes fossem ‘made in China’!…