Agressões / Maus Tratos – Crianças com Necessidades Educativas Especiais

O “Movimento por uma Inclusão Efetiva” representa um grupo de pais de crianças e jovens com deficiência/neurodivergência/surdez, que se uniu para dar voz às necessidades dos seus filhos, promover a sua inclusão na comunidade escolar e lutar pela efetivação dos seus direitos.

Nos últimos meses, o MIE tem vindo a desenvolver iniciativas para dar destaque à real importância da (não) inclusão das crianças com necessidades educativas especiais nas escolas portuguesas.
É do nosso entendimento que o Estado Português e todas as entidades que cumprem um papel na legislação, operacionalização e inspeção das medidas, princípios e leis da Educação Inclusiva, não têm defendido a integridade deste grupo minoritário, que pelas suas especificidades são mais frágeis e alvo de discriminação, maus-tratos e negligência.
O MIE tem feito um trabalho junto das famílias e tem dado visibilidade às consequências negativas da desigualdade de oportunidades, da discriminação, do desrepeito pelo outro, da falta de empatia, da negligência e dos maus tratos – físicos e psicológicos, a que estas crianças e suas famílias têm sido sujeitas. Constatamos então que os princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência estão gravemente comprometidos.
Se por um lado, o MIE tem partilhado alguns excertos de testemunhos que nos chegam, e que descrevem atos, comportamentos e situações de extrema gravidade; por outro lado, quando reunimos com entidades, instituições, associações com representatividade e com poder (formal ou informal) na sociedade refutam e/ou remetem a sua resposta ao desconhecimento desta(s) realidade(s). E isso sim é igualmente perturbador!
Sendo estes episódios do conhecimento público, o MIE vem por este meio exigir uma intervenção rápida das entidades com poder para tal.
Existem filmagens: sabe-se onde foi, sabe-se quem são os intervenientes. E onde estão os assistentes operacionais? Que valores estão a ser transmitidos a quem está a assistir e a filmar? O respeito, a empatia, o sentido de ajuda, o pedido de socorro, a defesa do outro… É uma obrigação moral e cívica ajudar o outro!
É inaceitável que quando o MIE refere que tem testemunhos, que a preocupação de quem ouve seja colocar em dúvida os relatos que temos em nossa posse e o se o n.º de casos é ou não representativo.
As prioridades não deveriam ser essas.
É necessário PARAR, ANALISAR, INVESTIGAR, ATUAR!
Os relatos, as filmagens, as evidências e as queixas existem! Até quando “aceitaremos” situações como estas? Terão que morrer crianças, seja por maldade ou por um infortúnio?
BASTA!!!
PUB
  Partilhar este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

geral@minhodigital.pt

  Partilhar

PUB
PUB

Junte-se a nós todas as semanas