A situação no PSD em Viana do Castelo, entre a Concelhia de Eduardo Teixeira e a Distrital de Carlos Morais Vieira, está longe de ser pacificada. O último episódio conhecido envolvia as divergências com o CDS em que os laranjas (Distrital) colocava em causa o acordo eleitoral, no seguimento da comunicação da Secção que retirava ao seu candidato à Câmara Municipal, precisamente o presidente daquela estrutura.
Entretanto, agora, no fecho desta edição, tivemos acesso a uma troca de e-mails entre Carlos Morais (Distrital PSD) e Ilda Novo (presidente Concelhia do CDS). São e-mails explosivos que pôem fim a um ‘noivado’ desavindo. O Minho Digital publica, em primeira mão, os documentos da discórdia e a morte anunciada. As posições extremaram-se. Claramente … irrevogáveis!
A Distrital depressa escolheu novo candidato mas, ao CDS, em vez do 3º lugar antes garantido por Teixeira, mais recentemente o PSD apenas estaria disposto a ceder um 4º lugar de «difícil eleição» segundo fontes na altura ouvidas pelo Minho Digital. Os social democratas, no seu entender, davam aquele lugar «em conformidade com a expressão eleitoral dos Populares no último sufrágio».
PUBTem havido várias reuniões entre os dois partidos mas o ‘braço de ferro’ mantém-se.
Esta 4ªfeira, porém, a Comissão Concelhia do PSD tornou público no Facebook um comunicado sob o título ‘PSD Distrital desfaz coligação com o CDS’.
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«A Comissão Política Concelhia do PSD de Viana do Castelo, vem por este meio lamentar a postura da Comissão Política Distrital, na pessoa do seu Presidente Sr. Carlos Morais Vieira, no que diz respeito à gestão e acompanhamento, de todo o processo da candidatura do PSD à Câmara Municipal de Viana do Castelo». E fundamentam as críticas: «Após tudo termos feito em prol da união e do fortalecimento do partido e da sua candidatura (abdicando inclusive do candidato por nós eleito), a Distrital continua a parecer estar mais interessada em questões pessoais do que em obter um bom resultado nas eleições de 1 de Outubro».
A estrutura de que Eduardo Teixeira é presidente faz alusão a uma reunião da Comissão Política Distrital alargada, ocorrida na 2ª feira, onde «optou por não ratificar, ‘rasgando’, o acordo pré-estabelecido com o CDS/PP, para uma candidatura de coligação vencedora, sem nenhum argumento político que sustentasse essa decisão, mas apenas, e tão só, por se tratar de um acordo idealizado pelas bases, as Concelhias dos dois partidos».
PUBOs social democratas «lamentam» o «não honrar dos compromissos assumidos, pois quem perde são os Vianenses, que se vêm privados, por ingerências distritais, de uma candidatura mais forte e de uma alternativa credível à politica desastrosa que tem sido levada a cabo nos 24 anos de governação socialista».
E as acusações caem, também, no foro pessoal: «A nobreza da actividade política não se compadece com a sobreposição das “motivações pessoais” de um único militante aos reais interesses das populações, eleito dirigente por outros concelhos que não o nosso, cuja actuação vem comprometendo o desenvolvimento deste, Viana do Castelo».
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A citada reunião da Distrital, alargada às Comissões Políticas Concelhias, tinha dois objectivos claros para discussão: a ratificação ou não do acordo pré-eleitoral entre o PSD e o CDS de Viana e a estratégia consoante a decisão. Com o fundamento de que o documento/acordo indicava claramente que o cabeça de lista seria o presidente da Secção social democrata, estando mesmo escrito o nome de Eduardo Teixeira, e onde o 3º lugar seria indicado pela estrutura do CDS, o plenário alargado considerou-o nulo na medida em que o seu candidato era agora outro (Hermenegildo Costa). Perante este novo cenário, a Distrital apresentou à votação uma proposta, aprovada por larga maioria, avocando as negociações com o CDS, sendo avançado o nome de Hermenegildo Costa para ser o interlocutor junto dos Populares a fim de, definitivamente, decidirem se vão coligados ou separados.
O Minho Digital pediu a Carlos Morais Vieira, presidente da Comissão Política Distrital do PSD, um comentário sobre o teor das acusações que sobre ele foram feitas pela Secção Concelhia, mas este escusou-se. «Não comento. Nada. Zero!» – respondeu de forma peremptória.
ÚLTIMA HORA
PSD Distrital comunica a não ractificação do acordo ao CDS
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Resposta (documento em baixo) de Ilda Novo (CDS): (…) «entendo incompreensível e injustificável que tenham decidido não honrar o compromisso como pessoas de bem» (…) «agora não nos é de todo possível assegurar a nossa disponibilidade para um eventual novo acordo, designadamente se assente em diferentes pressupostos».
FOI O BATER ESTRONDOSO DA PORTA!