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Aluno do ano no Agrupamento de Valdevez revela “chave” do sucesso escolar

Notas de excelência. Rodrigo de Freitas Lima Rodrigues acabou o secundário com uma média de 19 valores e obteve 188 pontos (18,8 valores) nos exames nacionais de Matemática A e de Física-Química A. Foi o aluno do Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV) com melhor desempenho no ano letivo 2016/2017 (área de Ciências e Tecnologias) e ingressou no curso de Medicina da Universidade de Coimbra.

“A chave [para o sucesso] foi aproveitar todas as oportunidades e dar o máximo, sem me deixar abalar quando algo não corria como esperava, seguindo em frente e dando sempre o meu melhor”, explica Rodrigo Rodrigues, que tem 18 anos e uma maturidade fora do comum.

A fórmula para conseguir excelentes classificações passa por rentabilizar o tempo e encontrar um equilíbrio, em função das prioridades, entre o estudo e as atividades fora do contexto escolar, ou seja, “saber aquilo que podemos e não podemos fazer e durante quanto tempo podemos praticar hobbies ou atividades extracurriculares”. O resto da “lição” consiste em fazer um estudo continuado e realizar os “trabalhos solicitados pelos professores”.

No percurso académico deste aluno que roça o brilhantismo, quase não há uma vírgula fora do lugar em redações ou respostas de desenvolvimento nem sequer uma milésima ao lado em complexas equações de Matemática ou Física.

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Não por acaso, ingressou na exigente Universidade de Coimbra, onde estuda a sua área predileta. “As matérias relacionadas com o campo de ciências sempre me suscitaram alguma curiosidade e interesse”, confessa.

Mas Rodrigo não vive só para o estudo e para a Medicina. É, por exemplo, leitor de José Rodrigues dos Santos e de Carlos Ruiz Zafón (escritor espanhol radicado nos Estados Unidos), autor do livro A Sombra do Vento.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Em respeito pelo lema que lhe serve de farol para a vida (académica e profissional no futuro), Rodrigo Rodrigues vai continuar a “fazer tudo o que estiver ao alcance” dele para “cumprir os objetivos” que for projetando semestre a semestre.

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Entrevista com Rodrigo Rodrigues: “Integrei-me bem na Universidade de Coimbra”

Que sentimento te invadiu na altura da entrega do diploma de melhor aluno do secundário no ano letivo 2016/2017 (AEV)?

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Principalmente, o sentimento de surpresa, pois a média que, para mim, mais interessava, e que representava (representou) a entrada no ensino superior, era (foi) a de ingresso no curso de Medicina [17,9 valores foi a classificação mínima de entrada neste curso], pelo que a média final do ensino secundário me parecia menos importante.

Com base na tua experiência de sucesso, quais os erros a evitar em qualquer percurso escolar?

O principal erro – e que muitos alunos cometem inconscientemente – é o ato da procrastinação. É muito fácil perder meia hora no computador ou telemóvel a meio de uma sessão de estudo, uma coisa leva a outra e mal nos apercebemos do tempo que perdemos.

O curso de Medicina tem uma componente muito teórica. Que estratégias segues para assimilar as matérias?

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A melhor forma, na realidade, é estudar diariamente as matérias lecionadas, ainda mais do que no secundário. A matéria é demasiada para se estudar durante as duas semanas que antecedem a época de exames da faculdade.

Como é que correu o teu ingresso na exigente e respeitada Universidade de Coimbra?

Penso que fui capaz de me integrar bem, não tive dificuldades em encontrar bons amigos e em interagir com novas pessoas, a praxe ajudou-me bastante a esse respeito. A matéria dada por aula é bastante, mas já esperava que assim fosse.

Ainda é prematuro, mas tens alguma área de especialização em vista?

Antes de ter entrado na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tinha algumas especialidades em vista, mas, depois, uma vez no curso, as minhas incertezas na área a seguir aumentaram e, portanto, ainda não tenho nenhuma área em mente.

Qual o papel da ciência e da investigação para o progresso da humanidade?

São os avanços tecnológicos, fruto da investigação contínua, que facilitam e melhoram o nosso dia-a-dia, desde os computadores de bolso que todos nós usamos até aos novos tratamentos que vão surgindo no ramo da saúde e que nos dão mais anos de vida.

Os portugueses têm a perceção de que o Estado investe pouco em ciência. Qual o teu ponto de vista?

Penso que, apesar de existir investimento por parte do Estado em ciência, o valor atribuído às instituições de investigação poderia ser mais elevado, permitindo melhores condições de realização de projetos.

 

Quem é Rodrigo de Freitas Lima Rodrigues

. Tem 18 anos.

. É filho de pai médico (otorrinolaringologista) e de mãe farmacêutica. 

. Concluiu o ensino secundário, no AEV, com uma média de 19 valores.

. Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

. É leitor de autores portugueses e estrangeiros.

 

 

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