Alunos do Politécnico de Viana do Castelo querem atrair nómadas digitais para as aldeias de montanha

Projeto aponta caminhos para ajudar a mitigar a desertificação nas aldeias de montanha.

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“Rurality for Digital Nomads” foi o projeto vencedor da 3.ª edição do Link Me Up 1000 ideias, que juntou no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) oito equipas de estudantes e docentes de todas as escolas e de parceiros de empresas e organizações. Mónica Simões, João Pereira e Miguel Soares Oliveira, alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPVC, querem “dar um contributo” para contrariar a desertificação nas zonas rurais e de montanha do Norte do país, atraindo nómadas digitais para ali trabalharem e dinamizarem o território.  Este é o projeto que vai representar o Politécnico de Viana do Castelo na final nacional.

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Foi com “muito orgulho” que Mónica Simões, uma das alunas que integra a equipa vencedora da edição deste ano do Link Me Up 1000 ideias do Politécnico de Viana do Castelo, recebeu a notícia que o projeto que apresentou com João Pereira e Miguel Soares Oliveira foi o vencedor. “Foi uma experiência enriquecedora. Aprendemos muito sobre o tema, mas aprendemos muito mais sobre como ultrapassar dificuldades em trabalho de equipa”, conta a aluna de Turismo da ESTG-IPVC, que se mostrou entusiasmada com este novo desafio.

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Com o projeto “Rurality for Digital Nomads”, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a realidade das aldeias de montanha, sobretudo as do concelho de Melgaço. Um contacto direto que permitiu à equipa identificar pontos forte e menos fortes. “Após o levantamento conseguimos identificar questões fundamentais para que estas pessoas possam considerar em mudar-se para uma aldeia de montanha. Para combater a desertificação e atrair os nómadas digitais para estes territórios será necessário que o Governo avance com legislação para beneficiar estes nómadas digitais”, explica Mónica Simões. Mas há mais. Os alunos da ESTG-IPVC concluíram com o trabalho realizado no terreno que será igualmente necessário “atribuir benefícios fiscais concretos para estes nómadas digitais, conceder subsídios às famílias para se instalarem nestas aldeias e reforçar a tecnologia, nomeadamente o aceso à internet, para que os nómadas digitais possam trabalhar”. Mónica Simões adianta ainda que “um dos objetivos do projeto passa ainda pela criação de organizações nas aldeias que ajudem à adaptação mútua dos moradores e dos nómadas digitais”.

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Foi “uma experiência muito positiva”

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Ao longo de todo o processo a equipa contou com o apoio do docente-facilitador Fernando Nunes, da Escola Superior Agrária (ESA) – IPVC, e do coordenador da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (Adriminho), Carlos Brandão.

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No terreno entrevistaram o presidente da Câmara de Melgaço e efetuaram visitas a algumas aldeias daquele concelho tendo convivido com as pessoas que lá residem. 

“Se estiverem reunidas as condições necessárias, as pessoas que podem trabalhar à distância e a partir de casa podem morar nestas aldeias, contribuindo assim para o seu desenvolvimento”, reforça Fernando Nunes. “No final, os alunos apresentaram várias propostas para combater a desertificação, atraindo para lá estes nómadas digitais e assim criar uma nova dinâmica”, explica o docente.

Para Fernando Nunes esta “foi uma experiência” muito positiva a dois níveis. “Permitiu-me ter contacto com mais docentes, fortalecendo o espírito de equipa, e acrescentou ainda mais valor e muita informação que vou inclusive utilizar em contexto de sala de aula”, sublinha.

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Na 3.º edição do Link Me Up 1000 ideias, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo foram apresentados oito projetos desenvolvidos no âmbito de um processo de cocriação, a partir de desafios relacionados com problemas ou cenários futuros.

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Cada projeto contou com equipas  de estudantes de todas as escolas do Politécnico de Viana do Castelo e de outros institutos politécnicos, com docentes-facilitadores do IPVC e docentes-facilitadores da Epralima e parceiros de empresas ou organizações (Viana Tece, 7 Graus Lda, BorgWarner Emissions Systems Portugal Unipessoal, Lda; ARDAL – Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima; Parque Biológico de Gaia; ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho; Associação Castro Solidário e Efeito Comércio de Pneus Lda).

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Os projetos do IPVC estiveram integrados em grandes temas que constituem desafios para o futuro, nomeadamente “Curar o Planeta”, “Futuro do Trabalho”, “Seres Humanos no Mundo Moderno” e “Valorizar os Criadores do Amanhã”. “Rurality for Digital Nomads”, “Design customer experiences of handicraft industry”, “Envisioning the successful HR practices of tomorrow”, “Leadership in change”, “Living mountains – reactivating local communities”, “Rethinking zoos and environmental education”, “Service design of digital approaches to enhance elderly care” e “Washing with Impact” foram os oito projetos apresentados na 3.ª edição do Link Me Up 1000 ideias do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

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Os estudantes do Politécnico de Viana do Castelo tiveram a oportunidade para introduzir um elemento diferenciador na formação e na futura carreira, cooperando com organizações ou empresas no decorrer do semestre.

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Este projeto, apoiado pela equipa finlandesa Demola, é acompanhado por docentes/facilitadores do IPVC e elementos de empresas/organizações parceiras. Aos estudantes que concluem com sucesso o desafio são atribuídos ECTS pela Universidade de Tampere, Finlândia e uma bolsa de apoio.

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VídeoLINK ME UP – PROJETO VENCEDOR: “Rurality for Digital Nomads” – YouTube

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