Animal de estimação não é descartável

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Muita tinta já correu sobre o abandono dos animais de estimações, sobretudo cães e gatos. Especialmente nesta época veraneia, o número de animais abandonados tende a disparar no nosso país. Sabia que por ano são abandonados cerca de 10 mil animais? Que por causa da tão “popularizada” crise, os portugueses vêm nisso desculpa para cometer este crime?

Num vídeo que se tornou viral no youtube é retratado o abandono dos animais na pele de uma menina. Retrata o dia em que o dono decide abandonar o seu fiel amigo numa estrada qualquer. Tira-o do carro e para o distrair e puder escapar sem ser seguido atira-lhe o seu brinquedo favorito. Nisto, o vídeo transforma o cão numa menina a quem o pai atira a sua boneca favorita. Instantaneamente, o carro arranca e a menina/cão ficam a ver o carro desaparecer. Já alguma vez parou para pensar o que passa pela cabeça destes seres vivos em momentos assim? A rejeição do seu próprio dono, a incerteza do dia seguinte, a incompreensão de tamanha crueldade. Já pensou que o ato de abandonar aquele a quem deu abrigo e tratou durante tanto tempo, e por quem possivelmente ganhou algum afeto, pode mesmo significar a sua morte?

A grande questão é : ”O que motiva a pessoa a abandonar o cão ou o gato por quem, em tempos, teve uma grande estima (passando a redundância de animal de estimação)?”

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Existem muitas explicações possíveis: mudança de residência que impossibilita levar o animal, a crescente emigração dos portugueses, alguma doença que surge no animal que poderá tornar-se dispendiosa ou causar sofrimento à família, a idade avançada do animal, os gastos…enfim, uma panóplia de desculpas que não servem de justificação para o abandono animal. Quando alguém chega ao ponto de não conseguir manter ou conviver com um animal de estimação é importante saber que há outras soluções além de o deixar à sua sorte. Em Valença existem instituições que acolhem estes animais. Antes de pensar em abandoná-los pense em entregá-los a estas instituições que se desdobram em esforços para acudir a todos. A Selvagenial e a Mimos e Ternuras são exemplo disso. Estas associações protetoras de animais abandonados contam com o apoio de voluntários que diariamente prestam cuidados e auxiliam todos os animais que são renegados pela sociedade. Temos a obrigação, enquanto seres humanos, de apoiar causas e instituições como estas. Não compre animais, adote-os! Tantos bichinhos que só pedem um lar e alguém que os cuide. Se não puder adotar um dos animais que existem nos abrigos de Valença, contribua com comida, medição ou até mesmo ajudando na limpeza diária. Há várias formas de ajudar, basta querer.

As pessoas têm de se mentalizar que para criar um animal de estimação é necessário ter disponibilidade e uma grande dose de paciência. Um cão ou um gato não podem ser vistos como objetos descartáveis que, quando nos aborrecemos ou nos começam a criar  problemas, podemos simplesmente desfazermo-nos deles. Temos de travar esta realidade pelo bem dos nossos amigos de quatro patas. Hoje em dia, a lei portuguesa também atua em situações de abandono. Para este crime está prevista uma pena de seis meses de prisão ou multa até 60 dias. Se presenciar algum caso destes, denuncie.

Acabemos com este drama!  

 

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