Arcos de Valdevez adere ao Plano Nacional para controlo da vespa-das-galhas-do-castanheiro

A autarquia de Arcos de Valdevez e a Associação Portuguesa da Castanha (RefCast) vão celebrar um protocolo visando a implementação de medidas de combate à vespa-das-galhas-do-castanheiro, conforme recente deliberação de Câmara. Este protocolo está alinhado com o Plano de Ação Nacional para controlo do inseto Dryocosmus kuriphilus yasumatsu. A Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez integra o grupo de acompanhamento.

O Plano de Ação Nacional define os procedimentos para a prospeção, monitorização e contenção do inseto vetor, identificando, ao mesmo tempo, as entidades a envolver na execução das medidas de prevenção. O referido plano privilegia a luta biológica por esta se revelar o processo mais eficaz no controlo desta infestação.

Na região de Entre Douro e Minho, a doença começou a ser detetada em 2014 e expandiu-se rapidamente para outras zonas. Nesta altura do ano, em que os castanheiros vão ficando despidos de folhas, sobressaem as galhas secas provocadas pela vespa. Segundo nota do Serviço Nacional dos Avisos Agrícolas, os produtores não devem cortar estas galhas, “pois é nelas que o parasitoide da vespa passa o inverno.” De resto, a aplicação de inseticidas, além de proibida, é ineficaz.

No segundo trimestre do ano em curso, foram introduzidas, em territórios cujas entidades aderiram primitivamente ao plano, as primeiras populações de Torismus sinensis, parasitoide da vespa-das-galhas-do-castanheiro, mas, como a praga parece longe de estar contida, outras largadas de insetos estão previstas para 2016, sendo que o sucesso destas iniciativas está dependente da colaboração dos produtores.

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Segundo o edil João Manuel Esteves, “é importante que o Município de Arcos de Valdevez passe a integrar o grupo de trabalho no âmbito do Plano de Ação Nacional”, o qual foi assinado há cerca de um ano, em Lamego, envolvendo nessa altura, além da RefCast, diversas entidades como instituições de desenvolvimento e alguns dos municípios mais fustigados.

À margem desta praga, a doença da tinta, causada por um fungo, continua a preocupar, também, os produtores e as associações do setor. O inóculo da doença está presente em muitos dos solos da região de Entre Douro e Minho, que, por serem de reação ácida, propiciam o desenvolvimento de fungos causadores da tinta. Esta doença tem levado à morte (e abate) de muitos castanheiros.

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