Arcos de Valdevez: lixeira a céu aberto em Jolda (Madalena)

A parte inferior do viaduto do IC28, no lugar de Sucarreira (Jolda Madalena), nas proximidades da estrada municipal, está transformada num aterro ilegal, onde é largado todo o tipo de lixo (restos de obra e entulho variado). Em tempos recentes, têm-se avolumado os despejos e, na semana passada, até quatro cães (vivos) foram lá abandonados.

Contactado pelo Minho Digital, o presidente da Junta de Jolda (Madalena) e Rio Cabrão anunciou que iam ser feitas “diligências, esta semana, para remoção do entulho e colocação de placas proibindo a deposição de lixo no local, onde serão instaladas pedras para obstruir a passagem de tratores”, disse João Alves Oliveira, acrescentando que as “descargas vêm, provavelmente, de Refóios do Lima”.

Na Assembleia de Freguesia de 22 de dezembro, do ano findo, a oposição, também, interpelou o presidente da Junta sobre que medidas o executivo iria encetar para acabar de vez com a lixeira a céu aberto que, para além de prefigurar crime ambiental, causa péssimo efeito visual, ainda mais quando se trata de uma das entradas da União de Jolda (Madalena) e Rio Cabrão, onde, até, existem várias casas de turismo rural e de habitação.

Note-se, junto a uma das colunas, três cães que foram ali criminosamente abandonados

Mas o alerta não é de agora e os apelos já têm anos. Segundo revelou a este jornal uma fonte local, o anterior executivo que governou a referida agregação terá comunicado este atentado à GNR/SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente), mas desta diligência nada resultou até ao presente. Inclusive, numa descarga de lixo em tempos, foi efetuada comunicação à GNR por residentes, mas a Guarda terá respondido que “não havia patrulha para enviar ao local”.

De acordo com a mesma fonte, o prolongamento desta “situação vergonhosa”, perante a indiferença das autoridades, “está a ser alvo de críticas pelo povo da União de Freguesias e pelos transeuntes, que veem no depósito de lixo a céu aberto a maior agressão ambiental alguma vez ocorrida na povoação”.

Mas, afinal, qual o papel das entidades competentes, leia-se Junta de Freguesia, Câmara Municipal, SEPNA/GNR e Infraestruturas de Portugal?