Editorial

Arcos de Valdevez, onde o fogo se fez!

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Germano Amorim

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Estão neste momento 222 operacionais de vários pontos do país, com 46 viaturas e apoio de 8 meios aéreos a proceder ao combate a vários incêndios que lavram essencialmente a zona da U. F. de São Jorge e Ermelo, que possivelmente afetará também a freguesia do Vale. Outro incêndio em Guilhadeses deflagrou recentemente.

Ano após ano, Arcos de Valdevez continua a ser destacadamente o concelho com o maior número de incêndios a nível nacional. É raro falhar a medalha de ouro nesta trágica estatística. Há assim uma falha grave que tem de ser objeto de reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil, principalmente a nível municipal.

Não é tolerável que se se aceite esta realidade como normal e sem que essencialmente se lance um debate alargado entre todos os que constituem este complexo edifício.

Não é igualmente aceitável que se continue a aceitar que o nível de investimento público seja tão escasso em matéria de combate, já que a prevenção e a organização territorial são evidentemente uma falha terrível.

Tem assim de se reforçar significativamente o financiamento, a montante e a jusante, em Arcos de Valdevez, que se encontra em pleno Parque Nacional Peneda Gerês. Cada vez que ocorre um incêndio estão em risco a integridade das pessoas, seus animais e bens. Está em causa a natureza, a biodiversidade, o bem-estar das populações, a sua riqueza, a sua economia, o turismo, entre outros.

Quem quer continuar a tapar o sol com a peneira que o faça, que em dias de fogo, torna-se bastante mais fácil.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Uma nota final de especial agradecimento a todos os operacionais envolvidos, às suas respetivas entidades e associações.

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez,

Germano Amorim

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