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Arcuense que preside ao Grupo AMG é “exemplo de sucesso” em França

É arcuense mas está radicado em França. É um dos mais destacados empresários lusos em França nos setores da segurança, das limpezas industriais e do imobiliário. Dirige o Grupo AMG (Propreté, Sécurité & Multiservices), que deverá ter um volume de negócios de 25 milhões de euros em 2016. “Por paixão” às origens também investe em Portugal. O empresário de quem se fala é José António da Costa. Tem 56 anos, 43 dos quais passados em França.

Chegou ao país do Hexágono em 1973, então com 13 anos (por completar). Como muitos, integrou a segunda geração de emigrantes portugueses. Começou como estucador. Mas um acidente de trabalho trocou-lhe as voltas. Só que José António da Costa não desistiu e lançou-se às feras. Com trabalho e capacidade empreendedora, descobriu na área das limpezas industriais um filão. A aposta não podia ser mais certeira. A Luso-net, fundada em 1986, cobrindo os centros comerciais de Paris, e a Portugal Limpo, criada em 1989, com atividade em Vila Nova de Gaia, deram-lhe razão.

Fruto de visões dissonantes com outro sócio, José António da Costa deixa a unidade nacional e aposta tudo no país de acolhimento, onde tem construído um “autêntico império”, sob o guarda-chuva do Grupo AMG (criado em 1996), tal como a rádio TSF o apresentou, no rescaldo das comemorações, em solo francês, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Por mérito próprio, este arcuense é um dos “exemplos de portugueses de sucesso em França”, na seletiva obra “10 nomes, 10 histórias”, da Lusopress, trabalho que resultou de um desafio lançado a Lídia Sales pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em conversa travada há meses. 

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Entre França e Portugal, José António da Costa dá trabalho a 2 mil pessoas e contabiliza milhões e milhões de euros de proveitos. Segredo? “O trabalho, o profissionalismo, o rigor e o respeito por todos são a chave do sucesso”, explicou, em tempos, o empresário, em entrevista à revista País Económico.

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É com orgulho que diz que investe em Portugal, mas apenas porque nasceu em Arcos de Valdevez. “Invisto em Portugal por paixão e por respeito às minhas raízes, e porque é o meu país, se fosse pela rentabilidade nunca investiria no território português”, sentencia.

Apesar de os negócios não prosperarem em Portugal, José António da Costa garante que vai continuar a fazer investimentos por cá, mesmo sabendo que “a rentabilidade do investimento em Portugal não chega a metade do que se consegue em França”.

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“Não se pode comparar: compra-se um prédio na região de Paris com uma rentabilidade de 8 ou 10% e em Portugal não rende mais do 3 ou 4%”, refere o empresário, adiantando que fez um “investimento de 1 milhão de euros num loteamento, em Arcos de Valdevez, sem retorno, pois, além de continuar a pagar uma renda à Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, ninguém compra os lotes, quando, se tivesse investido aquele montante em França, poderia, hoje, adquirir dez prédios”, disse ao Minho Digital o empresário, de Gondoriz (Mondão), em visita à I Feira da Porta do Mezio no passado dia 18 de junho.

Sem esconder algum desapontamento, contra uma certa visão distorcida da emigração portuguesa, José António da Costa não aceita que se difunda a ideia de que alguns emigrantes abandonaram Portugal. “Ainda agora com a crise que houve em Portugal, as receitas [remessas] dos emigrantes portugueses continuaram a evoluir, quer dizer que nós não estamos dispostos a abandonar o nosso país”, contou à TSF.

Com mais ou menos freios no caminho dos negócios, José António da Costa promete continuar a crescer em França e, também, em Portugal. Os emigrantes lusos que gerem cerca de 45 mil empresas em território francês bem gostariam de dizer o mesmo…

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