A descoberta é a maior em vários meses e foi possível graças à retoma dos trabalhos dos arqueólogos no país após a paralisação por conta da pandemia de covid-19. Os corpos eram de sacerdotes e oficiais militares da antiguidade.

Todos os 59 sarcófagos estão expostos na necrópole de Saqqara e chamam a atenção pelo bom estado de conservação em que se encontram. Os primeiras foram descobertos ainda em agosto, ao longo de três tumbas profundas que estavam a ser escavadas.

Além dos 59 caixões, os pesquisadores também encontraram muitas estátuas de uma divindade conhecida como Ptah Sokar, relacionada com a morte.

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A maioria dos sarcófagos ainda preserva as cores com as quais foram pintados, protegidos por algum produto químico que envernizou e “selou” as peças contra as intempéries.

As múmias também estão conservadas nas suas bandagens e adornos, bem com peças decorativas de ouro e inscrições.

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De acordo com o Conselho Supremo de Antiguidades do governo egípcio, as múmias datam da 26ª dinastia do Antigo Egito, que reinou entre 664 e 525 antes de Cristo, no período conhecido como tardio.

Esses sacerdotes e oficiais viviam na antiga capital egípcia de Memfis e foram alguns dos últimos nobres sepultados com honras antes da invasão dos persas no Egipto.

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O período tardio

O chamado período tardio, época em que as múmias descobertas viveram, foi de grande importância para a região e marca o final do que conhecemos como Antigo Egipto.

O país havia acabado de ser libertado do domínio dos assírios pelos reis da 26ª dinastia, que contaram com a ajuda de mercenários gregos. Foi nessa época que o Egipto criou a sua primeira força militar marítima.

No final desse período, o país foi invadido e dominado pelos persas, comandados pelo rei Cambises II.

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Após décadas de revoltas e uma alternância de poder entre persas e nativos egípcios, o período tardio termina com o rei persa Mazaces a entregar o Egipto para as forças de Alexandre, o Grande.

A partir daí, começaria a dinastia conhecida como ptolemaica.