As esmolas de Costa

Decidiu o governo taxar todas as empresas que tenham lucros, ditos, excessivos (?).

Pessoalmente, não sei o que são lucros excessivos, porque acho que não temos empresas com essa grandiosidade. O certo é que, perante tanta instabilidade fiscal, as maiores empresas, voam para países fiscalmente estáveis.

Se uma empresa tiver lucros, para além daqueles que foram previamente orçamentados, pagará, por isso, os devidos impostos e aproveitará, para reinvestir, ganhar escala, ou distribuir dividendos, por quem a suporta.

Se, na base desses lucros houver matéria criminal, como especulação, ou outra, proceda-se em conformidade e punam-se os prevaricadores exemplarmente.

A função de uma empresa, para além, do seu mister, é gerar lucro. Se ele for maior que o previsto, melhor ainda, mais dinheiro terá para reinvestir, distribuir pelos trabalhadores, e ter fundo de tesouraria para anos difíceis.

2– António Costa, decidiu distribuir 240 euros, apenas, por 1 milhão de famílias. Hesitou bastante no modo e no tempo.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Só que a “empresa” Estado, há anos que tem tido lucros excessivos. E, no caso vertente, os lucros, são mesmo excessivos até porque o Estado, não é uma empresa cujo lucro está na base da sua sobrevivência. Se fosse assim, já há muito que tinha ido à falência, já não havia Estado.

E desta forma, fica bem na foto e ganha votos.

Os seus accionistas, contribuintes singulares, ou colectivos, nunca pagaram tantos impostos como no seu consulado costista, sentem-se, por isso, a empobrecer, sem que se vislumbre, para eles, uma menor carga fiscal.

Até, com o actual cenário inflacionista, o Estado, viu subir os lucros e diminuir a dívida, sem nenhum esforço adicional. Bastou fazer-se de morto.

Quem é a Autoridade que tributa os lucros excessivos do Estado?

Não deviam, estes lucros excessivos, ser devolvidos, na devida proporção, ao contribuinte pagador, de forma automática?

A meu ver, esta seria a forma mais justa.

Também não foi um rebate de memória, que esteve na origem desta medida, porque memória e consciência, Costa, já provou não ter.

Mas, mais uma vez, entrou nos cálculos a aritmética política, os votos. Entre ser o aluno brilhante perante o Banco Central Europeu, e concomitantemente, distribuir uns pozinhos pela classe que, raramente, paga impostos na vida e vive de subsídios. Não hesitou.

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Com esta medida, tentou justificar-se, vender a ilusão eleitoralista- mais uma- de que está a distribuir – os tais lucros excessivos estatais- e ao mesmo tempo fica muito bem na fotografia do Banco Central Europeu. Com uma cajadada, tentou, matou dois coelhos.

Mas há, contudo, qualquer coisa que não bate certo. Se todos os estudos, INE, Censos, etc., dizem que temos 2.300 milhões de pobres, ou em eminente risco de pobreza e exclusão social, como é que fica o outro milhão de pessoas que nada receberá?

E como fica a  classe média?

 

(O autor não segue o actual acordo ortográfico em vigor)

 

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