Salete Cardoso é uma pequena comerciante na rua Grande, em Viana do Castelo, onde gere uma loja de artesanato infantil. Cansada de que uma papeleira nas proximidades servisse de contentor de lixo, parece ter encontrado a solução ideal para um problema que também tem revoltado outros comerciantes e moradores.
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Há dias, cansada de ver que tinha vizinhos pouco dados ao asseio, resolveu de forma a que outros vissem no seu gesto uma sensibilização para o ‘drama’ que os atormenta e que poderia ser um exemplo a seguir.
Cansada de que, em vez de colocarem à noite os sacos do lixo num contentor ou à porta de casa à espera que de madrugada por ali passasse o turno de limpeza da autarquia, os fossem depositar numa simples papeleira que é, como se sabe, para acolher coisas de menor dimensão. Ora os sacos amontoados e muitas vezes a exalar cheiros nauseabundos ou a verter líquidos, causavam enorme mal estar e revolta. As papeleiras só são limpas de manhã, já após algumas horas de sol, com todas as consequências daí inerentes. Além disso, o horário de colocar o lixo nas portas é após as 19,00 horas, «mas nem sempre é respeitado», disse-nos.
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E se depressa Salete Cardoso se cansou e pensou, mais rápida foi a agir! Decidiu enfeitar com um laço a dita papeleira, dando um ar agradável, limpo e até simpático, na esperança de sensibilizar quem ali depositava os despojos, uns dias atrás de outros.
PUBA medida parece ter resultado a avaliar por uma diferença de comportamento de quem não tinha vergonha ou pecava por ausência de princípios cívicos.
Pode ser que o exemplo pegue numa rua da cidade onde, como então nós noticiámos, até deu origem a que os comerciantes se unissem no popular S. João e, de forma festiva e entusiástica, procuraram atrair clientela e turistas com iniciativas lúdicas onde não faltou música e um ‘pezinho de dança’ de marchas apropriadas.
