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Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez votou contra a extração de minerais na zona do “Fojo”

assembleia_municipal30abril2019

As duas moções do PS e do CDS contra a exploração de lítio e de outros metais foram aprovadas pela grande maioria dos deputados municipais arcuenses.

A prospeção de lítio e de outros minerais marcou o início da sessão ordinária da Assembleia Municipal, que se realizou na terça-feira, no auditório municipal da Casa das Artes. Foram apresentadas duas moções dos grupos arcuenses do PS e do CDS.

A primeira a intervir sobre o tema foi a deputada municipal dos socialistas, Sandrina Gonçalves, onde alertou para os investimentos que tem sido feitos na reserva mundial da biosfera. «Não levar em conta todos estes investimentos devido a expropriação deste património e submetê-los à poluição de uma mina a céu aberto seria uma total incoerência na perspetiva do desenvolvimento económico e ambiental», afirmou a deputada. Na mesma intervenção salientou ainda para os perigos para a saúde pública pela contaminação da bacia hidrográfica do rio Lima. A moção dos socialistas foi aprovada pela maioria dos membros da assembleia, com apenas uma abstenção.

O deputado do CDS-PP, Álvaro Amorim, apelou à Assembleia para que «vote contra qualquer tipo de prospeção de metais ou qualquer tipo de minério que possam no futuro conduzir à exploração e ser um fator de ameaça à biodiversidade de um espaço que reúne condições únicas de paisagem, de património natural», acrescenta. Na votação, a moção dos centristas foi aprovada por unanimidade.

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O grupo concelhio do PSD também se manifestou contra a possível exploração de lítio. Na página do facebook, o partido escreve que «A atividade de prospeção e pesquisa de minerais neste território é contrária à estratégia de desenvolvimento económico sustentável preconizada pelo Município, assente na preservação e valorização dos recursos endógenos associados à biodiversidade do PNPG». A posição dos sociais-democratas vai em sentido à da administração da Câmara Municipal que, em reunião ordinária, mostrou-se contra qualquer tipo de exploração mineira.

A CDU concelhia também votou favoravelmente às moções apresentadas. Em reação à decisão, o deputado municipal, Romão Araújo, considerou que «esta prospeção seria apenas o início do que poderia vir a ser a intervenção de empresas (com capital nacional ou estrangeiro) que iriam desfigurar em termos ambientais e culturais todas estas zonas que constam do aviso».

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