Durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2021, Rui Teixeira, e o partido socialista, fartaram-se de enganar o povo. Tomou-os como parvos e enganou-os descaradamente.
E fez promessas como esta: “sair da ADAM”, com cartazes espalhafatosos e à última da hora. No momento, o terreno era fértil para semear enganos que depois não se concretizaram. Mas colheram frutos eleitorais.
Sobre a saída da ADAM, estamos conversados, ou seja: fica tudo como dantes. Ponto final.
E então no capítulo da habitação, que é o que mais aflige o concelho e o país, as promessas são mais que muitas.
E o que é que, muito, prometeu no programa eleitoral?
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Estão escritas medidas como esta:
Para a habitação:
Transcrevo: “criar uma “ Estratégia Local de Habitação” ( ELH) do Município de Vila Nova de Cerveira, com o objectivo de, no prazo de 4 anos, se alcançar uma situação habitacional em que todas as pessoas do concelho disponham de uma casa digna. Para atingir este desiderato, recorrer-se-á ao financiamento através do programa do governo central designado de 1.º Direito- Programa de Apoio ao Acesso à Habitação”. Que bom, que bonito digo eu. Assino por baixo.
Mas promete mais, muito mais, medidas como esta: ”aumentar o número de fogos na Freguesia de Loivo, ao abrigo do programa governamental.”… Subscrevo.
Ou mais esta: “ Criar um programa de habitação a custos controlados para jovens e famílias da classe–média...”. Aplaudo.
Diz, e bem, o ditado popular: “apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo”.
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E na prática?
Ganhas as eleições, o comum do cidadão nem faz ideia do que lhe foi prometido.
Ele, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, não se revê no que prometeu e nada tem feito para implementar nenhuma dessas medidas. Manifesta, até, uma estranha alergia. Mudou de ideias?
Será que desconhece, ou esqueceu, o Programa Eleitoral do Partido Socialista que o elegeu?
Na ultima Assembleia Municipal, mais uma vez confrontado com essa situação, respondeu assim enfastiado e algo irritado: “que a habitação social não é a sua aposta e que, sobre isso, deu conta na campanha eleitoral que lhe deu a maioria”…
Não sendo esta a primeira vez em que, sobre esta matéria, se exprime assim, desta vez, creio, foi mais explicito, e não ficaram dúvidas. Já o tinha feito em, pelo menos, duas entrevistas.
O Presidente, não quer nada com a habitação social. Enquanto cidadão pode manifestar a sua livre opinião. Perde-a enquanto representante de todo os Munícipes, onde, o seu querer – e o do partido socialista – se devem subjugar ao interesse premente de todos os Cerveirenses e de quem aqui pretende viver.
Nada importado com o que, por escrito, prometeu, nem com as reais necessidades habitacionais, segue a sua aposta pessoal o que, também, responsabiliza quem o apoia. E, desta feita, quer promover a construção de um hostel, ou um Alojamento Local ( AL) um bem de primeiríssima necessidade para todos aqueles que desesperam por um casa para viver. Para o efeito, pretende concessionar a antiga Pousada da Juventude, e com isso, o Município encaixará 531 mil euros em 30 anos.
Ou seja: o tão propalado Primeiro Direito, ou as promessas feitas, que acima mencionei, para a habitação social, podiam ter aqui o seu início. Tímido, é certo, mas melhor do que nada. Ajudaria a fixar, de forma permanente, pessoas, que por sua vez ajudariam a dinamizar o comércio local.
Assim, temos um Município “pobre” com boca de rico.
O comum eleitor, que não sabe destas trapalhadas. continuará a desesperar por uma habitação digna. Pode esperar sentado.
Em Cerveira estão, ou vão nascer, grandes empreendimentos imobiliários habitacionais privados, o que, particularmente saúdo. É bom sinal, mas isso nada tem a ver com a Câmara Municipal, nomeadamente com aquilo a que se comprometeu. Estes estão, apenas, ao alcance de uma pequena minoria.
(José Venade não segue o actual acordo ortográfico em vigor).
1 comentário
O povo português, masoquista, gosta de ser enganado!