Editorial

ATAQUES SEM IDENTIDADE EM PONTE DA BARCA JÁ SÃO CASO DE POLÍCIA
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Manso Preto

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Vanessa Reitor

Jornalista

Quando a cobardia se esconde por trás de um ecrã!…

O quê é a internet? Uma janela aberta ao mundo, o conhecimento e as respostas ao alcance de um botão. Estamos todos, inevitavelmente, ligados e interligados. E há muitos usuários que, amparados por trás dos ecrãs, servem-se das redes sociais para fazer uso da mal-entendida “liberdade de expressão” e através de perfis falsos, arremetem contra outros usuários deixando-os muitas vezes, em situações por demais desconfortáveis. Comprometendo o seu bom nome e profissionalismo.

Vivemos num país democrático, onde ainda podemos expressar livremente a nossa opinião. Mas sempre se ouviu dizer que a nossa liberdade acaba onde começa a liberdade do nosso igual. E é ali que radica a problemática de toda esta moda que apareceu em Ponte da Barca: a moda dos perfis falsos nas redes sociais.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Existem muitas maneiras de fazer política e o debate das ideias devia ser a forma mais célebre delas todas. Mas parece que em Ponte da Barca o debate, que é natural na política e que a faz ser rica e interessante, tem sido substituído por pessoas que pensam que é através da crítica destrutiva que se resolvem os problemas ou deficiências que podem existir.  

A crítica sempre e quando seja construtiva, é bem-vinda, mas aquilo a que as pessoas têm assistido há vários meses na rede social Facebook é, no mínimo, ridiculizante. Perfis falsos que atacam o Executivo barquense e a todos aqueles que o apoiam – ou alguma vez o apoiaram – valendo-se para esse ataque de suposições e falsos estudos, procurando criar desequilíbrio e pretendendo uma mudança baseada na falácia e o desrespeito.

Pessoas das mais variadas profissões têm sido intencional e anonimamente atacadas através destes perfis falsos. O cérebro que os comanda disfere frases e até ataques pessoais a torto e a direito, procurando desta maneira sobrepor-se criando – por sua vez – uma matriz de opinião negativa contra aqueles que são atacados. Buscando rebaixar e desmascarar aquilo a que eles (perfis falsos) chamam de tachos que supostamente este executivo tem preparado para X ou Y pessoa.

Toda esta retórica sem identidade deixa muito a desejar ao dever ser da política. Normalmente nas contendas políticas existem os partidários e os opositores e ambos devem proceder com respeito e eloquência. Com um discurso que enalteça a política, e não com artimanhas que pretendem desprestigiar e acabar com aquilo que de melhor tem a política quando exercida em liberdade e democracia: o debate de ideias com respeito e sem ataques pessoais.

São estas atitudes que deixam muito a desejar na sociedade. Como dizia Abraham Lincoln: “não fortalecerás os fracos, por enfraquecer os fortes. Não ajudarás os assalariados, se arruinares aquele que os paga. Não estimularás a fraternidade, se alimentares o ódio”.

É esta a reflexão que se deixa num momento no qual a raiva, o egoísmo e a sede de vingança pretendem abrir fendas polarizantes com o único intuito de desequilibrar e ferir a todos aqueles que, sem nenhuma culpa, lutam com o seu esforço, por uma Ponte da Barca melhor.

 

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