Editorial

Até que enfim, somos livres!

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Daniel Jorge

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É seguro dizer que hoje, pelo menos no ocidente, somos livres. Mas, anuncio que, com os dias que vêm, vamos ser ainda mais livres! Futilmente livres!

Será permitido nas redes sociais a capacidade para se partilhar tudo e expressar tudo. Ora, que alegria! Com isto, é de esperar que tudo se torne mais extremo. Com a total liberdade de expressão, não vai ser difícil encontrar publicações e comentários que divulguem e espalhem ideias erradas, como a intolerância, o extremismo, e outras palavras que preferia não ter de dizer.

Tal como muitos outros jovens, eu utilizo redes sociais. Sou ativo dentro delas. Relaciono-me com outros dentro delas. E sempre me senti livre o suficiente. Nunca vi necessária a capacidade de poder falar atrocidades perante todos os pixéis das aplicações.

O inútil é apoiado e o útil escondido. Já não se vê conteúdo e informações nas redes sociais que realmente traga conhecimento, que nos elucide sobre o passado e os nossos erros, que nos ensine valores e alegria, que nos permite ver o importante sem perder tempo.

Pois não são agora, as redes sociais, uma perda de tempo? Não exatamente o conversar com amigos, mas sim o vaguear nas milhões e milhões de publicações e vídeos e imagens que sobrecarregam os nossos pensamentos com informação que será esquecida num prazo de cinco segundos.

Esses cinco segundos que pensamos passar são, na verdade, cinco minutos, que são, mais ainda, cinco horas… E agora, com a total e bem-vinda liberdade de expressão que sempre desejei e lutei por, poderei ser tentado a ser influenciado pelo que não é genuíno e íntegro: a ser incentivado a apoiar extremos, a ser incentivado a apoiar o que não quero apoiar. Para qualquer leitor bem informado, isto não parece uma ameaça.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Mas, se passarmos horas por dia a ver conteúdo absurdo e retrógrado, vamos acabar por ser influenciados, nem que seja só um bocadinho, pelas ideias que são difamadas e falsamente espalhadas.

Como utilizador da vasta Internet, eu apelo à paz. Apelo aos valores humanos, valores esses que motivam a nossa evolução como seres humanos, por um mundo mais sustentável, por um mundo mais tolerante e fraterno, por um planeta sem discriminação e conflitos.

E, apesar de apoiar a liberdade, há que ter em conta que existem sempre limites. Sem eles, caminhamos para o errado. Portanto, agradeço aos senhores que controlam as redes sociais e as empresas de tecnologia, mas prefiro continuar na minha liberdade limitada.

1 comentário

  1. Continua amigo de ti.
    O teu ego.
    Equipa que ganha não se mexe.
    Dois livros.
    Artigos…
    Só conhecia a h.
    Estou cansado de letras.
    Umas fizeram-me mal.
    Outras, favoráveis, acho que, ora bem ora mal.
    Escreve, mas contigo, sempre.
    Livre.
    Feliz, um pouco, já é bom.
    Tudo bem contigo?

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