‘Bater da porta’ de Germano Amorim de presidente provoca demissões em bloco na Federação dos Bombeiros do Distrito de Viana do Castelo

O conhecido advogado arcuense e presidente da Direcção dos Bombeiros locais, foi eleito há 3 anos e 10 meses para presidir à Federação Distrital e, nesse período, a sua equipe criou um plano estratégico de actuação para todo o distrito, com o Roteiro 20/30, para que, em conjunto com os demais envolvidos na área da proteção civil, nomeadamente ANEPC, através do seu comandante sub-regional Marco Domingues e, essencialmente, a CIM, além da Comissão Distrital da Proteção Civil.

Tratava-se de um documento que preparava os ‘soldados da paz’ para estarem na linha da frente sempre que houvesse fundos europeus em que pudéssem ser beneficiários, duma forma estrategicamente concertada para toda a região, pensado num só.

Ora, aquando da execução de uma dessas missões, em que seriam beneficiados todos de forma equitativa, em conjunto com a CIM e AXEGA (Espanha), urgia tomar decisões. E aqui entrava a parte política.

O processo decisório foi, pela primeira vez, debatido e discutido com a CIM Alto Minho, através do Dr. Bruno Caldas e da Eng. Sandra Estevéns (entretanto demissionários), com todos os corpos de bombeiros. Além do mais, foi tecnicamente discutido entre as mais altas patentes de comando do distrito, a saber, Comandante Sub-regional, Comandante de sector, Filipe Guimarães, Comandante da zona do Vale Lima, Carlos Lima (de Ponte de Lima) e, finalmente, Comandante do Vale do Minho, José Passos (de Monção).

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Ora no exacto momento, segundo uma fonte dos Bombeiros ligada ao processo, «em que estávamos pressionadíssimos para entregar o documento que era necessário para sermos beneficiários nesse processo, houve quem manifestasse o seu desacordo face ao que tinha sido decidido, sem os devidos fundamentos técnicos e factuais».

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Tal obstáculo, levantado à última hora, punha em causa o objectivo principal que seria conseguir fundos europeus para apetrechar as corporações e, desse modo, torná-las mais operacionais, o que causou enorme surpresa, indignação e desmotivação.

«Como não gosto de estar em casas que não se governam, nem se deixam governar, sentindo que a forma como o problema foi abordada não foi curial e respeitosa comigo e com todos os parceiros anteriormente mencionados, por não estar agarrado ao deslumbramento do pequeno poder de uma instituição que estava moribunda quando ali cheguei, ao ponto de nem actas ter, relatórios e contas, planos de actividade, um caos de tesouraria, decidi fazer o que é normal no desempenho de uma actividade voluntária e que foi a demissão», afirmou Germano Amorim ao MD, visivelmente agastado. No desenrolar de todo este processo e solidários com o Presidente da Federação Distrital de Viana do Castelo dos Bombeiros, saíram os presidentes de Ponte de Lima (Dr. Américo Fernandes), primeiro secretário de Monção (Dr. Gonçalo Oliveira), tesoureiro e a presidente de Vila Praia de Âncora (D. Laurinda Araújo), Vogal bem como o Comandante dessa associação, Daniel Corujeira Araújo. Os três mencionados comandantes, que pertenciam ao Conselho Consultivo Operacional fizeram o mesmo.

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«Lamentavelmente, este processo fica a meio. O melhor planeamento dos nossos recursos, que são escassos, é fundamental para a defesa do território», pelo que Germano Amorim é perentório: «Não podemos continuar a olhar para aquém do muro do nosso quintal. Precisamos de saber respeitar hierarquias e de sermos mais solidários. Mais coesos e ágeis nos processos decisório e na sua execução. Não podemos continuar a ter uma visão de minifúndio do território e sim alargarmo-nos no distrito e para fora dele».

E deixa um aviso: «Foi uma oportunidade perdida de ter o território unido em prol da defesa dos bombeiros e do nosso território. Estarei atento a todos os processos para que se verifique o sucesso que se deseja, a bem do distrito e de todo o território».

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