BICADAS DO MEU APARO: Legislativas 2022 e ambiguidade

Escritor d’ Aldeia

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As eleições legislativas deste ano de 2022, tiveram resultados surpreendentes e provocaram risos e choros.

O povo votou, a abstenção diminuiu e a pandemia do coronavírus-19, foi posta na prateleira dos confinados. Estes, votaram em horas recomendadas e só ficou coronavirado quem quis.

Os socialistas arrancaram uma maioria absoluta e António Costa prosseguirá como rei deste reino que, sem obstrução ou medos, fará o que entender, como entender e quando entender fazer. Democraticamente-só, poderá dizer como vai programar a vida dos portugueses, em todas as suas aflições.

António Costa é um político que parece ter sido feito a irradiar política. Tem tudo o que tal gente deve ter: sorridente, astuto, frio, calculista e incapaz de dizer um “não” directamente. Apenas com política e sem democracia, fez-se líder do Partido Socialista antes do tempo, derrubando um líder socialista; com política e sem democracia, fez-se primeiro-ministro de Portugal, quando tinha perdido as eleições de 2015; fez Governo com a extrema-esquerda e matou-a em devido tempo; aumentou destacadamente a dívida nacional e nunca procurou criar riqueza nacional; beneficiou, por Sócrates do seu partido ter levado o país à banca rota e de ser Pedro Passos Coelho a ter de cumprir as exigências da Troyka. António Costa tem sido um felizardo na política.

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E nesta maioria absoluta conseguida nestas eleições – maioria que criou estupefacção a nível nacional e não só –  Costa, com a felicidade e a astúcia que possui – não só é o provocador das eleições, como beneficia – com erros e sem nexos – de sondagens efectuadas em tempo de campanha, ao anunciaram empates de resultados, criando o famoso voto útil e a diminuição da abstenção.

Assim, morta a geringonça – pela não aprovação do Orçamento do Estado para 2022-com estes resultados eleitorais, Costa faz o funeral, não só aos partidos que o elevaram a primeiro-ministro, Bloquistas e Comunistas; arruma da política os democratas-cristãos que ajudaram na conquista da democracia e foram representantes dos eleitores durante 47 anos; “avinga-se”  dos “amigos” da esquerda radical e consegue dar guarida a uma extrema-direita rançosa e com bolor, cuja morte tinha ocorrido com o Movimento das Forças Armadas em Abril de 1974.

É este (continuado) primeiro-ministro, ganhador absoluto, que teme as reformas, que engordou a dívida nacional, que tem uma Administração onde os serviços não servem, que não melhora a vida dos portugueses criando riqueza, que não oficializa para onde foram os 18 milhões de 30 milhões de euros que generosamente o povo deu para as casas destruídas e para as famílias dos mortos nos incêndios de Pedrógão, que tem os hospitais em ruptura de meios humanos e técnicos, que tem o Ensino a rastejar pelas cavalariças mais mal cheirosas, que tem a Justiça mais esventrada e morosa da Europa e, entre outros graves problemas nacionais, é padrinho de milhares de professores que faltam nos estabelecimentos de Ensino, bem como padrinho do maior ninho partidário onde, na história de Portugal, mais corruptos fez/tem.

Irá carregar Portugal, com o XXIII Governo pós 25/A/74. Pelo que António Costa deu ao país, a ambiguidade continua à superfície da vida nacional. O país, neste momento, alimenta uma legião de dependentes na Administração e nos corredores do poder, beneficiados por este rei deste nosso universo, o actual primeiro-ministro. Este Governo, ou melhor, o próximo Governo irá manter esses dependentes, pois tal rotina na prática de boys e girls há seis anos nomeados, não é fácil de resolver, bem como mais difícil ainda será acabar com a endogamia (famílias nomeadas) com elevados ordenados, a fazer-que-fazem.

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A bazuca dos milhões que vão chegar, ainda ninguém sabe para onde vão e que milhões irão produzir a distribuição de tanta bazucada. Os pobres, o comércio e a industria, crescem uns e estão de rastos outros. Os pensionistas do Estado continuam a não receber o que recebiam em 2011, devido aos saques que Sócrates e Passos Coelho fizeram e que Costa prometeu devolver aos pensionistas. A riqueza gerada por tudo que é privado, tem sido escassa, devido à pandemia e à já falta de matérias na industria devido ao tempo pandémico, etc.

Como se afirma, a ambiguidade reina; as dúvidas são muitas; o saldo dos feitos deste PS é extremamente negativo e o primeiro-ministro António Costa obteve maioria absoluta, para seu espanto! Ecce homo. Eis o que o povo escolheu, bem como os semimortos que estas legislativas de 2022, fizeram.

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