BICADAS DO MEU APARO: A guerra e a natureza

 

 

Escritor d’ Aldeia *

 

O homem, além de ter de morrer por doenças, por velhice ou pela implacável lei da natureza, tem vindo a criar outras formas de morrer.

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De modo que, o homem criou (poder) morrer ainda por acidentes aéreos, marítimos ou por guerras. De todas as formas de morrer que tem o homem, a mais ignóbil, a mais revoltante e, a morte que Deus mais contesta e rejeita, é a morte causada pelas balas frias de quentes armas-de-guerra, disparadas de uns contra os outros.

Segundo o que se sabe – e ainda ninguém provou nada contra o “que se sabe” – Deus criou o homem do pó da terra e deu-lhe o sopro da vida. Deu-lhe a Natureza onde deveria ser feliz, deu-lhe regras (que ostracizou) e prometeu-lhe vida eterna (a Seu lado) após o término da vida terrena.

É da história de todos os tempos, que o homem sempre desrespeitou Deus. Egoísmos, ganâncias, saques, mortes-não-justificadas, sêde de poder e recalcamento dos fragilizados, dos sem nada e sem ninguém.

Sempre existiram homens que nascendo por vontade de Deus e da Natureza, se tornaram maus: indesejados, repelentes, dispensados, porque maus ou indignos de serem tomados como homens entre os Homens.

O Diabo, criatura de Deus, invejoso pela existência do Filho-de-Deus – mesmo antes de nascer entre os homens – sempre foi inimigo de Deus. Sempre pretendeu sobrepor-se a Deus e como não é possível, tenta retirar da presença de Deus todo o homem que puder retirar. Daí, conhecermos Caim e todos os Cains desde o inicio da Humanidade.

E se podemos dizer que há Cains em qualquer canto do mundo; se podemos dizer que tantos deles estão adormecidos ou encostados por obrigação, no conforto do Diabo, podemos dizer hoje, neste século XXI, neste Fevereiro de 2023, que o último Caim em acção – que procura dizimar os seres iguais a si mesmo – é Putin da Rússia, o homem que tem provado já viver no conforto do Diabo, pela destruição que tem feito à Ucrânia e ao seu povo.

E Deus, desde sempre tem vindo a avisar o homem dos maus caminhos que por tantas vezes opta. Os ensinamentos de Abraão, Dilúvio, a luta de Moisés, os ensinamentos, mensagens e conselhos do Nazareno e tantos outros avisos, têm sido transmitidos à Humanidade! Só que o homem-deus, o rasteiro-deus, o dispensável-deus, não pensa, não ouve, não vê e o que é pior é que não sente Deus: nem em si e muito menos O sente nos outros.

Conta-se que um homem, que apenas pensava em si mesmo e que podia actuar segundo os seus sabores, encontrou-se perante um tufão. As águas subiam e ele lutava contra a implacável Natureza. Então Deus mandou-lhe um tronco de uma árvore para se salvar e só confiou em si – recusou; mandou-lhe um piloto com uma moto d’agua e recusou; finalmente mandou-lhe um pescador com o barco e recusou também. E morreu afogado. Este homem, ao ver-se perante Deus, queixou-se: “Não me salvaste do tufão” – disse-Lhe. O afogado não sentiu que Deus lhe mandou um tronco d’arvore, uma moto d’água e um barco.

Os tufões na vida da Humanidade acontecem e mais tufões existem porque o homem os quer, os prepara e os põe em prática.

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Deus fala, apresenta-Se e quer que o homem viva no Edem por Ele criado. Pode-se ouvir e sentir Deus através das teclas duma máquina de escrever, nas teclas de um computador ou entre os tachos da cozinha. Portanto, os povos podem morrer indevidamente por culpa dos próprios homens, mas os Cains ou Putin’s deste mundo que vivem no conforto do Diabo, umas certezas podem ter: Deus é misericordioso, mas justo também.

  • O autor não segue o acordo ortográfico de 1990.
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