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Artur Soares
Escritor d’ Aldeia *
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No mundo sempre existirão os santos e diabólicos, os nem uma coisa nem outra, isto é, os que nada querem, nada pensam e de nada se sentem responsáveis no mundo.
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Neste reino que não é eterno para ninguém, ainda temos os alienados, os imprudentes, os abutres, os acéfalos, os lunáticos e por aí fora.
Está o mundo inteiro a viver a guerra que Putin iniciou contra a Ucrânia. Só os verdugos sem dó nem piedade – como a Rússia, a Síria, a Coreia do Norte e a Bielorrússia – estão atentos e, apologistas são, do sucesso do criminoso invasor – Putin da Rússia.
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E se nos países, a grandessíssima maioria deles, luta e condena a guerra de Putin, bem se sabe que os oportunistas, os que querem a carteira devidamente recheada a par de privilégios e contra os que morrem no terreno … em Portugal, desgraçadamente, também temos dessa gente que ri e apoia a invasão da Ucrânia. E outros, cobardemente, dão a entender que a Ucrânia se devia humilhar/render, ao invasor.
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Querem dar a entender que desconhecem um regime ditatorial com uma acção política de terra queimada, de mortos aos milhares, de destruição de cidades e de vilas e até de crianças que não pediram a guerra nem pediram para nascer, bem como a prisão daqueles que não querem a guerra, mas sim a democracia, a liberdade e o cumprimento total dos direitos humanos. Estes poucos vendilhões, nacionais e estrangeiros, até querem esquecer que existem leis internacionais que ditam como uma guerra pode ser iniciada e como se deve combater o agressor.
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Estes poucos vendilhões de Portugal, repito, vão dizendo através das televisões e dos jornais, que ”enquanto não for retirado crédito ao presidente da Ucrânia, esta guerra não acaba”. Como que a Ucrânia fosse o agressor! Estes acéfalos, não querem saber de quem morre, de quem tem razão: o que importa é ser anti União Europeia, anti Estados Unidos da América e anti NATO.
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Estes generais e fazedores de opinião de televisão e de jornais, são os tais que, uns, não têm soldados para comandar e os outros fogem-lhes os leitores. Pelo que, os generais sem soldados – comendo dos impostos que o povo paga – vão envergonhando as Forças Armadas a que pertencem e os fazedores de opinião nos jornais, vão desacreditando todos os outros colaboradores, que culpam não têm da existência dessa gente imprudente ou acéfala.
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No meio de todos estes garatujeiros nacionais, é de estranhar que os respectivos jornais onde garatujam, não tomem uma posição em prol da coerência e da moral jornalística, de forma que ofereça a honra de quem morre indevidamente no terreno e a honra de quem é leitor assíduo desses órgãos de informação e de opinião.
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O mesmo se pensa, que, se um general mande bitaites desencaixados da razão, da moral e da justiça, a Instituição militar, superiormente, deve colocar o militar/vendilhão no meio da parada militar e obrigá-lo a uma continência de perdão aos telespectadores que defraudou.
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Mais: um general do Exército português deste tempo, não pode esquecer que se fez general à sombra e ao sol dos Estados Unidos da América e da NATO. Logo, se o general de quem escrevemos não é acéfalo ou lunático, pelos menos é ou estar a ser imprudente. E as imprudências dos militares, quase sempre causam grandes prejuízos ao país que lhes paga, que os sustentam.
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Os vendilhões, garatujeiros de jornais ou militares, devem analisar que numa guerra há sempre o que prevarica e o que sofre a prevaricação, ou ambos podem ser culpados da guerra. Mas, não se pode atacar quem não quer a guerra e ser firme em dizer-se que há leis internacionais que, no caso Rússia/Ucrânia, foram violadas, como ataques a civis, a escolas e hospitais e a tentativa que se verifica de pôr o povo ucraniano a morrer à fome, à sede e ao frio, como tenta a guerra de Putin.
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Dos garatujeiros de jornais em Portugal, como os conheço, ostracizo-os veementemente, porque não leram devidamente sobre o holocausto de Hitler e sobre o Gulag de Lenine; aos generais portugueses sem soldados, que vêem morrer no terreno, invadidos e invasores e, acéfala-ou-imprudentemente manipulam a verdade, envergonham-me e deixam-me inseguro.
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Se a vizinha Espanha invadisse Portugal e a invasão fosse apoiada por Putin da Rússia… que opinião tinham os referidos garatujeiros e os militares deste país? Com certeza que colaboravam – como vendilhões – na morte de Portugal.
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* O autor não segue o acordo ortográfico de 1990.