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Bispo Diocesano presidiu à Procissão de Domingo de Ramos

Procissão de Domingo de Ramos

“Podem tirar todos os crucifixos dos lugares públicos, mas há crucifixos que ninguém conseguirá tirar: aqueles onde estamos nós”, afirmou D. Anacleto no “Sermão do Encontro”.

Texto: Pe. Renato Oliveira

 

Na tarde de Domingo de Ramos, D. Anacleto Oliveira, Bispo Diocesano de Viana do Castelo, presidiu à tradicional Procissão de Passos pelas ruas da cidade de Viana, cujo momento alto foi o “Sermão do Encontro entre Jesus e Maria”, na Praça da República.

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Falando da varanda dos antigos Paços do Concelho, o Bispo de Viana começou por recordar um episódio concreto: “Há cerca de trinta anos, surgiu uma polémica, na Alemanha, a propósito de um crucifixo colocado numa escola. Nessa altura, o pai de um aluno exigiu que fosse retirado um crucifixo de uma sala de aula. Há relativamente poucos anos, vimos o mesmo desejo manifestado em Portugal. Sucede que, no caso português, a justificação apresentada por algumas associações residia na condição laica do Estado Português. Na Alemanha, contudo, a razão era outra, pois o que movia aquele pai era o facto de considerar a imagem de Cristo na Cruz muito violenta para uma criança. E temos de reconhecer: humanamente, a imagem de Cristo com a Cruz às costas não é nada aliciante. É uma imagem mesmo arrepiante. Na verdade, a crucifixão era a pena de morte que estava reservada aos piores criminosos. O crucificado era considerado um amaldiçoado por Deus”.

Contudo, D. Anacleto convidou, depois, os presentes a olhar para a Cruz de uma outra forma: “Há, todavia, algo na imagem de Cristo na Cruz que faz dela, não motivo de escândalo, mas a imagem mais adorável e admirável para os cristãos: a presença da Mãe. A presença da Mãe junto de Jesus ajuda a perceber a última Palavra dita por Ele: «Tudo está consumado». E acrescentou: “Maria é figura que encarna, por excelência, o verdadeiro amor: desfaz-se de si própria para se entregar completamente a Jesus”.

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O Bispo de Viana do Castelo terminou a sua alocução aludindo aos crucificados deste tempo: “Estamos aqui para contemplar esse amor e para nos deixarmos contagiar por ele. Podem tirar todos os crucifixos dos lugares públicos, mas há crucifixos que ninguém conseguirá tirar: aqueles onde estamos nós. E essa imagem é mais contagiante que o crucifixo enquanto objeto que serve, acima de tudo, para nos deixarmos crucificar com um amor sem medida”.

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“Jesus nega-Se a Si mesmo para salvar a humanidade” afirmou D. Anacleto na Eucaristia

Ainda antes da Procissão de Passos, na manhã de domingo, D. Anacleto presidiu, à Eucaristia de Domingo de Ramos, na Catedral, para onde os fiéis de dirigiram depois da Bênção de Ramos que teve lugar na Igreja da Misericórdia.

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Na sua homilia, D. Anacleto começou por destacar que, no relato da Paixão de Jesus feito por Lucas e escutado na celebração, aparece por quatro vezes a expressão “salvar”.  E explicitou: “Primeiramente, a expressão surge na boca dos chefes que zombam com Jesus; depois, o verbo é utilizado pelos soldados; a seguir, surge pela voz do salteador. Em todos os casos, estas personagens usam o termo para negar que Jesus seja o Salvador. E, fazendo-o, repetem, de certa forma, aquilo que o diabo tinha dito no conhecido episódio das tentações que Jesus foi capaz de vencer precisamente porque não Se queria salvar a Si mesmo”.

Nestes dois momentos fundamentais da Sua vida (no momento das tentações e na hora da morte), “Jesus nega-Se a Si mesmo”. E fá-lo, apontou D. Anacleto, porque “antes dos momentos centrais da Sua vida, Se entrega nas mãos do Pai e, assim, Se torna Salvador da humanidade”.

D. Anacleto terminou, exortando os presentes: “Que o Senhor continue, hoje, a salvar a humanidade, através de cada um de nós, mediadores da sua salvação”.

A Semana Santa, em Viana do Castelo, prossegue, na Sé, com um vasto programa, sendo que as Celebrações do Tríduo Pascal serão presididas pelo Bispo Diocesano.

No Domingo de Páscoa, bem como na segunda-feira, D. Anacleto presidirá ao Compasso Pascal nas Paróquias de Vilar do Monte, Labrujó e Rendufe, no Arciprestado de Ponte de Lima.

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