Bloco de Esquerda apresenta plano de resposta à vaga de despedimentos

Mariana Mortágua visitou esta sexta-feira a fábrica da Cablerías, de Valença do Minho, que produz componentes automóveis, onde 250 postos de trabalho estão ameaçados.

Na próxima terça-feira, dia 21 de janeiro, uma assembleia de credores decidirá o futuro da empresa. Esta empresa continua a produzir, tem clientes e, neste momento, até aumentou um turno para poder responder a todas as necessidades dos clientes.

Com esta ação, o Bloco de Esquerda, quis não só demonstrar a sua solidariedade com as trabalhadoras, mas também a sua preocupação com a vaga silenciosa de despedimentos que está a acontecer pelo país e já chegou ao Alto Minho. Vaga esta, à qual o Governo ainda não dirigiu uma palavra nem apresentou soluções.

O Bloco de Esquerda, apresentou, ainda, um plano para proteger os trabalhadores, que passa por medidas como ter mecanismos urgentes para os despedimentos para garantir equipas de apoio para que ninguém fique sem proteção social, para que os trabalhadores não fiquem numa situação de não conseguir pagar as suas contas num curto prazo. Pretende-se ainda alterar os cortes do tempo da troika, e reforçar as políticas de emprego e de formação profissional para a reconversão dos trabalhadores.

A nível europeu, impedir apoios a empresas com lucros que façam despedimentos coletivos em setores e empresas com lucros e com previsão de aumento de receitas (como na indústria automóvel) e garantir um fundo de apoio às vítimas de processos de deslocalizações.

A nível distrital, o Bloco de Esquerda irá agendar reuniões com entidades como a Autoridade para as Condições de Trabalho, a Segurança Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional, para perceber quais são as medidas a ser tomadas para garantir um acompanhamento destas trabalhadoras e trabalhadores.