Boa Mesa: Restaurante Teresa (Lanheses)

Há 50 anos que se concretizou o sonho de José ‘Catano’ e Teresa de Jesus Castro ao abrir, em Lanheses, no Largo da feira, o Restaurante Teresa!

Não é fácil, nos dias de hoje, manter a funcionar uma casa no ramo da restauração, ainda por cima mantendo-se em alta cotação nos amantes da boa comida caseira e regional. Elisabete, uma das simpáticas filhas do casal, é presentemente quem vai ao ’leme da nau’!

Com uma clientela fiel na corda Ponte de Lima-Viana do Castelo, a Teresa surpreende-nos agradavelmente por vários motivos. Lanheses é terra de boa gente, respira-se um ambiente simpático e é uma freguesia característica do multicolorido Alto Minho, agora embelezada e enriquecida por um chamativo parque a beijar as águas do rio Lima, o tal do Lethes do Esquecimento que inspirou um muito frequentado blogue de um bairrismo inexcedível com o mesmo nome (Dolethes).

Ao entrar no restaurante, damos logo à entrada com uma ‘copa’ onde se podem comer uns petiscos. Ultrapassado este patamar, ao fundo temos uma aconchegada sala de refeições, decorada rusticamente. Ao lado, um enorme salão com ar condicionado está receptivo a festas, casamentos, baptizados e outros eventos do género. Mas embora não falte quem ‘coma com os olhos’, é no prato que os comensais de ‘boa cepa’ assentam arraial. Como entradas, a oferta é apelativa: gambas grelhadas, ameijoas à moda da casa, chouriço assado em aguardente e de cebola cozida, bolinhos de bacalhau, rissóis de carne e de marisco e salada mista. Polvo à lagareira e bacalhau à Teresinha, entre outros apostas, são aquelas que mais vivamente aconselhamos no que diz respeito a peixe. Mas o forte do conhecido restaurante  é, sem dúvida, a carne, e aqui torna-se complicada a escolha. Cabrito à Serra d’ Arga, arroz de sarrabulho, cozido à lavrador e vitela assada, são os mais procurados. Depois podem experimentar uma sopa à lavrador ou caldo verde. Como sobremesa, além de boa fruta, tem leite de creme caseiro e pudim à Abade de Priscos. Nas bebidas, a variedade é igualmente vasta, além de sangria e champarrião.

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O Restaurante Teresa (258 731409 / 965646051) é, desde há décadas, uma referência e quando o visitámos estava por lá um animado grupo de ‘alfacinhas’ que, de férias cá pelo Norte, ali vem todos os anos – como ouvimos – ‘tirar a barriga da miséria’. O que, sendo uma espécie de ritual, em boa verdade abona a qualidade do serviço e a impagável hospitalidade da gerência que soube honrar os pergaminhos gastronómicos dos fundadores.  

geral@minhodigital.pt
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