Recentemente, ainda no mês de setembro, reuniram-se em Braga, no seminário de Nossa Senhora da Conceição, 19 finalistas do curso teológico do seminário conciliar (1964).
“Vivemos o tempo do Concílio Vaticano II”.
MEMÓRIA E PROJETO
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A “memória e projeto” motivou-os a encontrarem-se para reforçar lembranças, de um percurso de 12 anos de estudo e vivências, que passou pelo “português, latim e grego”, pela filosofia e teologia, desde a exegese bíblica, à patrística e ao direito canónico.
As recordações foram muitas, desde aprender a andar na “forma” até aos silêncios perlongados, e estudo nos salões e aulas.
Foi uma expressiva recordação de prefeitos, professores, e de modo especial dos diretores dos três seminários arquidiocesanos.
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Ferreira de Araújo e José Lima
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Há vivencias do Seminário Menor, pelo Seminário de São Tiago e Seminário Conciliar, na rua de Santa Margarida.
As emoções vieram ao de cima e cada um tinha “histórias e estórias” para narrar.
Vieram à lembrança os exímios professores de português e história respetivamente o Cónego António Vaz e o P.e Júlio Vaz, pedagogos distintos abrindo horizontes humanistas.
Sabemos que a gratidão é memória do coração, bem como é fácil lembrar quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração.
Os antigos seminaristas dos anos 1952-1964 guardam valores e manifestaram gratidão ao caminhar pelos antigos corredores e recreios, parecendo ainda ouvir a sineta que nos acordava ás 6 horas da manhã, ao mesmo tempo que ouvíamos o clarim do Quartel Infantaria 8.
O tempo não volta para trás.
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LITURGIA MARIANA
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A alegria do encontro saudoso refrescou anos decorridos e foi enriquecida com uma liturgia mariana em honra de Nossa Senhora da Conceição, na capela que sofreu uma intervenção arquitetónica, artística, não esquecendo as telas de estetas consagrados.
“Pelo sonho é que fomos e vamos”.
Entoamos o Salve Regina em canto gregoriano e saboreamos a leitura bíblica da Anunciação do Anjo Gabriel à Virgem Maria. O texto foi partilhado e o silêncio foi eloquente, e ouvimos “os sons gravados na memória orantes”.
O dia da Imaculada Conceição era festivo na capela, no refeitório e na sessão solene.
O almoço festivo, onde não faltou o alvarinho de Melgaço, concretizou-se no antigo refeitório onde se tomavam as refeições nas mesas grandes de 12 comensais, que chegaram a totalizar 500 alunos.
A ementa foi selecionada e os frutos do trabalho do homem foram apreciados, enquanto se ouviam as conversas de “história e estórias”.
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IGREJA ABERTA INCLUSIVA
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Éramos 19 no final do Curso de Teologia, tendo com o tempo decorrido falecido cinco condiscípulos.
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Da esquerda para a direita: 1.ª fila: António Belo, José Barbosa, Bernardino Alves, Carlos Ralha, António Araújo, António Pires, José Capela, Ernesto Faria; 2.ª fila: Apolinário Américo, Dulcinio Vasconcelos, Manuel Soares, António Lopes, Adriano Sousa, António Neiva; 3ª fila: Joaquim Pinheiro, José Carneiro, Armindo Mirra, José Lima, Bártolo Campos.
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Dos citados, pensamos que é interessante referir António Ferreira de Araújo, Capelão dos Emigrantes Portugueses no Quebec (Canada), que devido ao seu munus dedicado foi-lhe atribuído o grau de Comendador.
Do grupo de 1964 faz parte o Professor Catedrático Jubilado Bártolo de Paiva Campos, Consultor de Política Educativa nos países em vias de desenvolvimento.
Todos são dignos de admiração pelo contributo prestado à igreja, ao país, à sociedade.
O Cónego Costa Neiva, liturgista, é sempre bemvindo.
O maestro José Barbosa é especialista na direção de grupos corais.
O empenhamento existencial vai desde párocos e professores passando pela advocacia e outras atividades humanistas, com contributos perlongados na construção de uma igreja sinodal aberta e inclusiva.
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A MISSÃO CONTINUA
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No dia 1 de outubro celebram-se os 70 anos de entrada no Seminário do Nossa Senhora da Conceição. Lembramos todos os que se cruzaram connosco, de modo especial os companheiros da caminhada.
A missão continua…
Benedicamus Dominos!
Deo Gratias!