Vanessa Reitor
Directora Adjunta
O povo venezuelano, do qual faço parte pela minha naturalidade, é rico em provérbios populares, cheios de sabedoria e realismo. Um dos meus preferidos, é o que intitula este texto: “a cada cochino le llega su sábado”. Numa tradução rápida, sem qualquer tipo de rigor linguístico, seria algo assim como: “cada porco tem a sua hora”, referindo-nos a que cada um de nós tem o seu momento, e mais cedo ou mais tarde, teremos o nosso retorno.
Tudo aquilo que fazemos, nas diferentes esferas da nossa vida pessoal, laboral e social, tem repercussões.
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Somos seres individuais, mas precisamos de viver em sociedade, e já deveríamos saber que a nossa liberdade acaba onde começa a liberdade do nosso semelhante.
Somos livres de fazermos, dizermos e vivermos da forma como nos valha, por isso estamos dotados daquilo a que chamam de livre arbítrio… mas o bom senso tem de imperar, sempre!
A luta pelo poder, o ego desmedido, a ambição, a luxúria, são maus conselheiros.
Nesta sociedade violenta e voraz, sentimo-nos por vezes como os atores do filme “The Hunger Games (Jogos da Fome)”, em que de repente, tudo vale, tudo é plausível, todos somos capazes de tudo! E assim, somos testemunhas de como, dia após dia, a decadência, o desrespeito, a falta de lealdade ‘arquitecta-se’ e inunda todos e cada um dos cenários sociais e/ou políticos. E assim, os ambientes ficam com uma atmosfera quase irrespirável; as amizades desvanecem; as famílias desmembram-se…
Relembremos, então, que cada um dos nossos atos acarreta consequências e que o deslumbramento que algumas situações nos possam oferecer, rapidamente acabam quando a maré da sorte nos abandona, e é ali que sentimos que também chegou a nossa hora e que fomos – sem nos apercebermos – artífices da nossa própria sorte, ou da falta dela!