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Carne cachena de Arcos de Valdevez candidatada ao prémio “7 Maravilhas à Mesa”

O Município de Arcos de Valdevez candidatou a carne cachena ao prémio “7 Maravilhas à Mesa”. A Câmara preparou o processo e apresentou uma candidatura em torno deste produto da serra. “É por aí que vamos”, confirma João Manuel Esteves.

O prémio das “7 Maravilhas” foi estreado em 2007 e, após um interregno de cinco anos, voltou em 2017, com o mediático concurso a ser dedicado às Aldeias de Portugal, onde, na categoria de “Aldeia Rural”, a freguesia de Sistelo foi a grande vencedora.

O período de candidatura ao prémio “7 Maravilhas à Mesa” arrancou no dia 7 de novembro do ano findo e terminou no passado dia 7 de março. Um júri de especialistas ficará incumbido de, até 18 de março, proceder a uma seleção de 49 mesas pré-finalistas. Como tem sido prática corrente, a eleição final (e decisiva) das maravilhas será apurada por votação do público.

De acordo como os mentores da iniciativa, os sabores e saberes gastronómicos vão ajudar a transformar as regiões e o mundo rural em produtos turísticos, e o concurso de 2018, a partir dos grandes meios de difusão, tem tudo para catapultar patrimónios (gastronomia e vinhos) ainda pouco conhecidos para outros níveis de notoriedade. “Vai ser um processo interessante, haverá muitos municípios e regiões a concorrer e, neste género de organizações, os meios de comunicação social são um elemento preponderante”, frisa o presidente da Câmara, que se mostra impressionado com algumas organizações recentes à volta da gastronomia local.

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“Têm sido realizados almoços e mostras para divulgação das potencialidades da carne cachena, e, nestes encontros, tem havido a preocupação de olhar para o produto de maneiras diferentes, porque os olhos também comem, diz o autarca, elogiando o menu – carne cachena estufada como entrada, canjinha de cachena e posta como prato principal – servido recentemente pela EPRALIMA no âmbito de uma prova de aptidão profissional que foi apresentada à comunidade por uma aluna finalista.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Este produto slow food, que mistura terra/serra e tradição, tem vindo a conquistar cada vez mais apreciadores fora da região e, segundo os gastrónomos e as principais entidades dinamizadoras deste nicho de mercado (Associação dos Criadores da Raça Cachena e Cooperativa Agrícola), trata-se de uma iguaria “tenra” e “saborosa”, com “reduzida massa gordurosa” e “bastante suculenta”.

Com a candidatura de tal património genético, o concelho de Arcos de Valdevez procura alcançar a terceira “maravilha”. Para além da classificação atribuída a Sistelo como “Aldeia Rural” no ano transato, é bom lembrar que a edição de 2010 já tinha consagrado o título de “Maravilha Natural de Portugal” ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.

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Quatro notas sobre o gado bovino mais pequeno do mundo

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1. Soajo, Gavieira, Cabreiro e Sistelo são os principais centros produtores de gado bovino de raça cachena que o concelho de Arcos de Valdevez tem.

2. Só a carne cachena produzida no PNPG é que possui certificado DOP (a Denominação de Origem Protegida é detida pela Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca). No Ribatejo (Santarém), há um grande efetivo cacheno, mas sem esta distinção.

3. A carne da raça cachena é o produto-base do prato “Prove Arcos de Valdevez”, que integra a carta de alguns restaurantes arcuenses.

4. A raça cachena é, também, conhecida por carramelha, vilarinha e cabreira.

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