Editorial

Carta ao Diretor Manso Preto
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Manso Preto

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Vanessa Reitor

Directora-adjunta

Daqui não saio, daqui ninguém me tira!

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

É a oportunidade de dizer, hoje escrevo eu, e escrevo duma forma diferente, e já entenderão o por quê!

Como todas as quintas-feiras, dias de paginação deste jornal do Alto Minho, entrei com o meu nome e a minha password para subir e editar as peças correspondentes à edição desta semana, e fiquei impressionada. Não só pelo novo ar que o “nosso”  jornal está a ter, mas também por uma informação que me saltou à vista – e da qual não estava à espera!

Quando fazemos aquilo que realmente gostamos, nem sentimos o tempo a passar, e foi precisamente isto que senti quando vi ali escrito, à beira da minha fotografia, o tempo que tem passado desde que me juntei a esta família do Minho Digital: 2 anos e 4 dias! Diz-se rápido, mas a realidade é que pensando friamente na cifra, têm sido muitas semanas, dias, e sobretudo noites, neste ofício que nos apaixona.

Têm sido anos de grandes experiências. Momentos felizes, difíceis, alguns momentos de ‘guerra’, outros de ‘grande glória’, dias de desassossego, mas acima de tudo anos de muita aprendizagem.

E agora escrevo-te a ti, Zé Luís, meu Diretor, amigo e professor… Têm sido anos nos quais tenho aprendido a lidar com a instabilidade e stress que, por vezes, a nossa profissão nos proporciona. Confesso que tenho crescido não só profissionalmete, mas também enquanto pessoa.

Por vezes, a vida traz-nos oportunidades que nos fazem mudar o nosso rumo, mas isso não significa que não continuemos a pertencer àquele lugar onde ‘nascemos’, aquele lugar que nos viu crescer! Tal e qual como o ciclo da vida, por vezes, os ciclos profissionais também nos levam para longe, mas sempre seremos e pertenceremos às nossas raízes, e as minhas são aqui, no Minho Digital.

Antes que todos aqueles que me estão a ler, incluindo o meu Diretor, pensem que isto é um conato de despedida, vou esclarecer que é simplesmente uma pequena reflexão, daquelas que fazemos quando sentimos em nós o irremediável passar do tempo.

Esta carta não é só uma reflexão, mas também, um texto de agradecimento. E sim, Zé Luís, não é só a ti que tenho de agradecer, há muitas mais pessoas que também têm feito desta minha passagem pelo Minho Digital, uma travessia maravilhosa! E chegou a hora de lhes agradecer.

Por isso, passo a nomeá-los, sem uma ordem específica de importância, porque todos eles têm um lugar especial nos meus afetos: ao meu querido Joaquim Letria. Homem a quem sempre admirei pelo seu percurso e de quem tenho imensas saudades – sim, também tenho falhado ao deixar de dar notícias – mas não tem sido por má fé! Obrigada pela generosidade que sempre me ofereceu. Por todos os conselhos e simpatia. Pelo carinho imenso. Por todas as suas palavras de alento e por ter acreditado sempre em mim e no meu trabalho!

Ao meu amigo Pedro Rodrigues Costa, que numa conversa inadvertida, há dois anos, disse-me que havia um jornal que precisava de jornalistas no Alto Minho, e sem conhecer realmente se existia algum talento de jornalista em mim, deu-me todos os contactos e, assim, depois duma entrevista feita pelo Skype, começou o percurso nesta maravilhosa estrada.

Por último, mas não menos importante, ao meu marido, que todas e cada uma das inúmeras vezes em que tive de trabalhar pela noite dentro, tomou as rédeas da casa, com todas as tarefas que isso implica: comidas, roupas, limpeza, baby-sitter, para que eu pudesse estar entregue de alma, coração e mente à escrita.  

Por isso, e ainda quando não estamos juntos, faço um brinde a todos nós, e a todos os anos que estão para vir. Longa vida ao Minho Digital, feito no coração do Alto Minho! E por tudo isto, e muito mais, é que eu digo: daqui não saio, daqui ninguém me tira!

Um abraço amigo!

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