Nadir Faria
Cooperante
Há muito tempo que não escrevia em papel – à excepção de algumas notas por questões de trabalho!
Antes escrevia muitas cartas ou cartões-postais. Hoje em dia, escrevo menos, muito menos! Mesmo assim, continuo a emocionar-me quando envio ou quando o carteiro me entrega novidades de pessoas do meu coração!
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O computador está a fazer atualizações há horas e tenho o compromisso de enviar um texto. Quanto nos facilitam as novas tecnologias e quanto nos deixam à beira de um ataque de nervos! Costuma dizer-se que “a máquina tem sempre razão”. Costuma, também, fazer-se que “é melhor não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje”! Pois, ontem, ainda desinspirada pela “clausura” provocada pela pandemia, deixei para hoje! Hoje, deixei para mais tarde! E o mais tarde é agora. E agora é mesmo tarde (especialmente se tivermos em conta o fuso horário entre Cabo Verde e Portugal e a hora a que vai ser recebido)!
Por outro lado, gosto do exercício de escrever à mão. De riscar o que não ficou bem. De pensar bem o que escrever para evitar demasiados “riscansos”.
Gostaria de ter uma caligrafia mais desenhada. Dizem que a minha é bonita… Desde a escola primária (permitam ainda chamar-lhe assim) que o dizem. Mesmo assim, tenho pena que não se assemelhe à que vemos nas cartas românticas dos filmes de época. Gostaria, também, que as palavras me fluíssem como costuma acontecer nesses mesmos filmes. Gosto da “poesia” intrínseca nelas e de que fossem fechadas com um lacre. Gosto que tivessem, muitas vezes, “post-scripta”.
Ao pensar sobre isso e ao colocar um “tom” de nostalgia neste texto, que irá chegar pela via digital, renovo o compromisso de retomar o velho hábito, em breve.
Com certeza o farei com direito a, pelo menos, um “post-scriptum”!
P.S.1 – Desculpem, esta “crónica” não vos contar nada de concreto!
P.S.2 – Grata às novas tecnologias por a fazerem chegar a vós em curto espaço de tempo.
