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CDS acusa PSD de “empobrecer o concelho de Arcos de Valdevez” com “política de esmolas”

A crise aumentou as bolsas de pobreza no concelho de Arcos de Valdevez e, a exemplo de anos anteriores, as dotações para a Ação Social cobrem uma “fatia” importante do “bolo” orçamental, indo representar 11,5 milhões de euros em 2017 (ou seja, 62,3% do volume de investimento).

O PSD alega que esta verba é a resposta “solidária aos impactos da crise”, mas, segundo o CDS, o concelho “não tem futuro” com executivos que “não entendem” a dialética entre apoios sociais com critério, por um lado, e política fiscal “amiga” do munícipe, por outro.

Para o deputado Álvaro Amorim, a política social-democrata, “além de empobrecer o concelho, torna o Orçamento Municipal insustentável, pois quem pode pagar mais impostos foge para municípios mais ‘amigos do contribuinte’, sendo a receita arrecadada cada vez menor, não por diminuição das taxas, mas por não haver quem as pague”, denuncia o deputado centrista.

Deste modo, o CDS, sem preconizar cortes na Ação Social, defende, no entanto, “uma melhor gestão dos recursos”, através de uma “política de desenvolvimento sustentável”, a receita certa, insistem os centristas, para “criar riqueza no concelho” e “resolver os principais problemas sociais”, estratégia que teria como consequência a “diminuição da rubrica orçamental” afeta às funções sociais.

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Na Assembleia Municipal, de 23 de novembro último, a deputada Maria do Céu Rodrigues foi ainda mais longe, quando sugeriu, sem o dizer explicitamente, que os apoios sociais indiscriminados promovem a indolência, recuperando uma “batalha” do CDS nacional ao tempo de Paulo Portas.

“Todos nós somos apologistas de que devemos insistir nos apoios sociais, mas o que é preciso é dar as ferramentas, pois o CDS é de opinião que as pessoas têm de trabalhar”, atirou a deputada do CDS, na resposta a uma alocução do edil João Manuel Esteves, que acusou o CDS de “defender um conjunto de interesses, neste caso, dos que mais ganham”.

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Com visões alternativas sobre o caminho a seguir, a maioria PSD assegura que o Orçamento para 2017 “reflete a preocupação da autarquia com as pessoas, indo procurar minimizar os impactos da crise e contemplar uma solidariedade mais efetiva, baseada num reforçado conjunto de medidas de apoio social e de conforto aos mais desfavorecidos ou na redução de impostos e taxas”.

Mas o CDS reclama uma redução muito mais acentuada das taxas e impostos a cobrar para “tornar o concelho de Arcos de Valdevez [mais] competitivo face aos vizinhos, de modo a atrair e fixar mais pessoas”, sem, no entanto, apresentar medidas compensatórias para equilibrar o Orçamento.

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Desemprego estabilizado

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De acordo com os dados compilados na página do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o desemprego no concelho de Arcos de Valdevez tem vindo a estabilizar no segundo semestre do ano, após uma variação positiva nos primeiros meses do ano em curso. No passado mês de outubro, havia 703 arcuenses sem trabalho, mais oito do que em setembro último.

Mas o desemprego de longa duração continua a atingir uma importante faixa de pessoas inativas. Em outubro, estavam inscritos 337 arcuenses sem trabalho há – pelo menos – 12 meses.

De resto, a oferta de trabalho existente continua a ser pouco mais do que residual, pois são muito escassas as colocações no mercado laboral. Para se ter uma ideia dos números exíguos, basta referir que, em outubro de 2016, os serviços do IEFP registaram a receção de 15 ofertas de trabalho cobrindo o concelho de Arcos de Valdevez (todas elas acabaram, no entanto, em colocações, sendo dez preenchidas por homens e as restantes cinco por mulheres).

 

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