Central de Paradamonte cedida ao Município de Ponte da Barca mas PSD quer ver criadas oportunidades para os locais

Apresentação pública

O Ministro do Ambiente presidiu, esta segunda-feira, em Ponte da Barca, à assinatura do protocolo de cedência, pela EDP e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) à Câmara Municipal, da gestão do edifício da Central Hidroeléctrica de Paradamonte, que a autarquia local quer valorizar, transformando-a em mais um pólo de atracção turística.

A Central é um ícone da arqueologia industrial portuguesa e com esta cedência é desejo da edilidade que possa renascer enquanto unidade interpretativa do antigo ciclo produtivo, a par das iniciativas já desenvolvidas no âmbito do Percurso da Hidroelectricidade e das visitas guiadas à Barragem do Alto Lindoso, numa parceria entre a EDP e o Município.

A assinatura do protocolo aconteceu no decorrer de uma reunião de trabalho que João Matos Fernandes e a Secretária de Estado do Ordenamento do Território, Célia Ramos, mantiveram com os Presidentes dos Municípios abrangidos pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), e ainda com representantes do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e da Adere Peneda-Gerês (Associação de Desenvolvimento Regional).

Em cima da mesa esteve a análise da actual situação do PNPG, as principais preocupações e desafios, bem como a operacionalização do projecto-piloto de prevenção de incêndios que está a ser elaborado pela CCDR-N, o ICNF e a Adere Peneda-Gerês.

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Parque Nacional reforçado com sapadores florestais

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João Matos Fernandes adiantou que o Parque vai ter mais dez equipas de sapadores florestais, “quase o dobro” das actuais, no âmbito do referido projecto-piloto de 3,4 milhões de euros, a apresentar até final de Outubro e que “entrará em funcionamento pleno a partir de 1 Janeiro”.

“Trata-se de um projecto que se traduz numa aposta muito forte num conjunto de medidas de proximidade, de parceria na acção, de protecção, pelo que – explicou – temos de ter mais gente no terreno e mais equipas de sapadores florestais.” 

“Sem contar com as consequências do violento incêndio que, nos últimos dias, fustigou a zona do Soajo, em Arcos de Valdevez, este ano já arderam 8545 hectares em áreas protegidas, mais 16% que em igual período de 2015, e o Parque Nacional da Peneda-Gerês representou – segundo informou João Matos Fernandes – cerca de 80% deste total, com cerca de 7000 hectares”, acrescentou.

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O ministro revelou também que, “ainda este ano, vai ser aberto um aviso no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) com uma dotação inicial de cinco milhões euros para pôr em marcha um plano de valorização daquele território, Reserva Mundial da Biosfera desde 2009″.

Constituído a 08 de maio de 1971, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, que se estende à Galiza, abrange do lado português cinco concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real. Além de Ponte da Barca, integra os municípios de Melgaço, Arcos de Valdevez, Terras de Bouro e Montalegre.

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COMUNICADO DO PSD DE PONTE DA BARCA

PSD quer ver criadas oportunidades para os locais

 

O PSD Ponte da Barca veio a público manifestar o seu contentamento no que diz respeito à assinatura do protocolo de cedência pela EDP e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) à Câmara Municipal de Ponte da Barca do edifício da Central Hidroelétrica de Paradamonte, um edifício que marcou a freguesia de Britelo e o Concelho de Ponte da Barca no passado mas que se encontra completamente ao abandono há demasiados anos.

Para o PSD Ponte da Barca, pela voz de Pedro Tiago Fernandes, vogal da Comissão Política Social Democrata Barquense, “a assinatura do protocolo vem dar corpo a uma velha reivindicação da população que ao longo dos anos tem assistido, de forma impotente, à degradação do espaço, das memórias e, sobretudo, à degradação das oportunidades que o espaço pode representar para o futuro de Paradamonte e de Britelo, pelo que a par da assinatura do protocolo é fundamental que a cedência e a recuperação se concretizem e sejam uma realidade a curto prazo”.

 

FREGUESIA TEM DE TER PRIORIDADE NA CRIAÇÃO DE EMPREGOS

 

“Na potencial transformação da Central em unidade interpretativa do antigo ciclo produtivo e futuramente inserida na Rede Interpretativa do Património de Ponte da Barca, a par da afirmação de Paradamonte e de Britelo, estará a necessidade de recrutar pessoas qualificadas sendo que terá de ser dada prioridade aos habitantes da freguesia de Britelo, em particular, aos jovens que abraçam todos os dias a sua terra e nela querem acreditar e viver, sendo uma oportunidade com base na transparência e no mérito profissional”, disse.

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