Por muitos é considerado o postal de Caminha, o seu centro histórico. Mas o PSD alega que ele «está às escuras ou com fraca iluminação» e sugerem ao executivo que sejam estudadas «alternativas para minimizar esta situação provocada por uma intervenção recente, no âmbito de uma candidatura».
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Por sua vez, a Câmara Municipal de Caminha não nega tal facto, mas esclarece através do vice-presidente, Guilherme Lagido, que a «candidatura apresentada previa a substituição da iluminação pública do centro histórico, dos monumentos e do terreiro» e que «foi considerada não elegível a componente do terreiro e adiado o financiamento dos monumentos para o próximo ano. Executou-se a componente iluminação pública – a única que teve financiamento. Aguarda-se o financiamento da iluminação dos monumentos».
PUBOs sociais-democratas também afirmam que foi no anterior executivo, em parceria com a CIM e a Adriminho, que se iniciou «um estudo para que fosse possível candidatar mais tarde, todo o concelho a um concurso que visasse a substituição das lâmpadas e luminárias existentes, com vista à poupança energética». Adiantando, ainda, que também teria sido feito «um estudo com 3 modelos diferentes para verificar qual o que se adaptaria melhor ao Centro Histórico de Caminha, como forma de o valorizar», isto na Rua Direita e com o apoio do IGESPAR.
Mas a versão de Guilherme Lagido é que os «focos do terreiro estão danificados, perderam a estanquicidade porque foram mal instalados. Não foi acautelada a estrutura que garantia o bom funcionamento e como consequência são lixo. No entanto, foi-nos garantido que o assunto está a ser resolvido».
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Relativamente à candidatura, o PSD acusa que esta «limitou-se à iluminação pública do Centro Histórico, e não a todo o concelho como o anterior executivo pretendia, e nem o terreiro contemplou». Mas Guilherme Lagido é peremptório ao afirmar que «só abriram com plafond. Poderíamos ter feito outras acções, mas decidimos por onde havia maiores consumos. Naturalmente, no Centro Histórico». O edil assegura que outros projectos vão ser elaborados para o resto do concelho, nomeadamente para a zona mais urbana de Vila Praia de Âncora. «Mas os montantes envolvidos exigem uma intervenção faseada». Assim, logo que haja candidaturas o executivo caminhense pretende apresentá-las.
«O Plano de Iluminação foi aceite pelo atual executivo sem qualquer estudo substancial de impacto in loco como era exigido, e colocaram o Centro Histórico de Caminha às escuras», acusa, novamente, o PSD. Acusação refutada por Guilherme Lagido que informou ao Minho Digital que a referida intervenção foi precedida de um estudo coordenado pelo responsável na Ordem dos Engenheiros pela iluminação pública e com «medições regulares» da execução do projecto. «Todas as previsões do estudo se concretizaram, com melhorias da quantidade de luz da ordem dos 20% a 30% e poupanças de energia de 70», assegurou.
Situações «gritantes» e «surreais» é como o PSD considera que existem na Rua de S. João e Largo Calouste Gulbenkian. «Na Rua de São João alteraram de forma tão dramática a iluminação que só colocaram lâmpadas e luminárias de um dos lados da rua, deixando o outro completamente às escuras. O Largo Calouste Gulbenkian só tem uma luminária virada para o largo e os focos de chão, que passam uma grande parte do tempo desligados», acusam os sociais-democratas.
PUBPor parte do executivo socialista a explicação é diferente e no que à Rua de S. João diz respeito afirma ter «os valores dentro do que estava previsto no estudo e acima da quantidade de luz que lá existia. Há, apenas, o facto de, à entrada do lado da Misericórdia, se verificar a falta dos focos no chão», assegurou Guilherme Lagido que, no entanto, assume que o «problema ficará solucionado».
«Marasmo» é ao que o Centro Histórico «está votado», conclui o PSD.
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