Pedro Ramos acompanha, há anos, a realidade das empresas nos países de língua portuguesa e diz que a “experiência do colaborador” é crucial.
O CEO da KEEPTALENT Portugal, Pedro Ramos, PhD em economia de empresas, revelou considerar, num recente artigo, a Inteligência Artificial (IA) uma realidade como instrumento para a gestão de pessoas, mas “é importante sublinhar que a IA deve ser vista como um complemento à interação humana, e não como uma substituição”.
Este especialista fez um balanço de 2024 e as tendências para 2025, refletindo sobre alguns esforços a serem realizados para o ano novo, como a melhoria da gestão de pessoas nos países de língua portuguesa, mas não apenas para transformar as organizações com foco no “sucesso empresarial”, mas sobretudo promover “o florescimento humano em todas as suas vertentes”.
Para Pedro Ramos, também mestre em sociologia do emprego, é urgente a compreensão dos gestores e líderes a estas tendências. Ele frisa a importância de se produzir um projeto futuro de gestão de pessoas na lusofonia, adotando uma abordagem com foco na experiência do colaborador e o seu bem-estar, tendo a IA como um instrumento para a “diversidade cognitiva”.
PUBReferente à “experiência do colaborador”, crucial para o autor, realça ser uma prioridade para as corporações de língua portuguesa. Como palestrante de gestão de pessoas em Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique, Ramos identificou nos empresários brasileiros e portugueses a compreensão de que uma gestão capaz, mais produtiva, considera a satisfação do colaborador no ambiente de trabalho.
Com várias consultorias prestadas ao longo da sua carreira, em 2024 Ramos constatou, em relação à evolução da gestão de pessoas nos países de língua portuguesa, “vários desafios e inovações que moldaram a forma como as organizações lidaram e lidam com os seus colaboradores, privilegiando a experiência do colaborador, o bem-estar e a felicidade no ambiente de trabalho”.
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Ramos reforça: “os colaboradores são o ativo mais valioso das organizações” e, por isso, os gestores devem implementar “iniciativas que promovem a saúde mental e física, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, assim como o desenvolvimento pessoal contínuo”. São ações demonstradas em 2024 não apenas como “uma tendência passageira, mas uma necessidade estratégica para a atração e a fidelização de talentos”.
O autor observa o dia a dia das pessoas nos seus ambientes de trabalho com afazeres cada vez mais dependentes do digital para torná-los mais dinâmicos, mas ele distingue para 2025 o trabalho marcado pela “felicidade” e não subjugado a “uma questão secundária”, mas ser encarada como força de “produtividade e inovação”. Ramos insiste: “As empresas que investirem na promoção do bem-estar emocional e na criação de experiências significativas para os seus colaboradores estarão mais bem posicionadas para enfrentarem os desafios do futuro”.
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