No seguimento da pronúncia da Câmara de Viana do Castelo sobre o assunto denunciado, apraz-nos registar a pobreza, ou inexistência de argumentos factuais, que nos permitam concluir que estávamos enganados.
É mais fácil negar e acusar de mentira.
Assim, passemos a factos:
A Câmara de Viana do Castelo envia uma Circular para os Agrupamentos Escolares do Concelho, sobre o assunto, no dia 6 de Outubro, quando a denúncia do Chega, foi no dia 4 de Outubro. Afinal, sentiu-se, por via das dúvidas, na obrigação de alertar os Agrupamentos Escolares para as obrigações resultantes do Despacho nº 10919/2017 e seu Anexo, de 13 de Dezembro.
Assim, 3 questões são decisivas para perceber o que foi, neste âmbito, coordenado pela CM Viana do Castelo, porque não basta “sacudir a água do capote”, atirando o problema para os Agrupamentos Escolares:
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1) Foram realizadas acções de sensibilização, conjuntamente com os Agrupamentos Escolares, as pais e encarregados de educação, sobre a problemática do “desperdício alimentar”?;
2) Foram realizadas acções de formação aos/às profissionais de cozinha?;
3) Foram realizadas as inspecções que o Despacho preconiza, e se sim, qual o resultado apurado?
Paralelamente, a Distrital de Viana do Castelo enviou para grande parte dos Agrupamentos Escolares do Distrito, uma missiva onde requer a colaboração dessas entidades no sentido de dar resposta às seguintes questões:
1) Quantas refeições são servidas, diariamente, em média, no V/Agrupamento;
2) Qual a % de refeições confecionadas no estabelecimento escolar, e servidas na forma de ‘catering’?
3) Qual o volume de perdas alimentares (alimentos confecionados e não confecionados, antes de chegarem “ao prato”)?
4) Qual o volume de desperdício alimentar (alimentos confecionados e desperdiçados por quem os consome “no prato”)?
5) Qual/is os motivos, que na V/análise, levam às “perdas” e/ou “desperdício” alimentar?
6) Têm algum contrato ou acordo informal com alguma/s Instituição/ões, para implementarem princípios de Economia Circular, no sentido de obviar a existência de “perdas alimentares”. E quanto aos “desperdícios alimentares”?
7) Têm inspecções regulares, por entidades tuteladas pela DRE, às cantinas dos V/estabelecimentos? E o que referem no caso da verificação de existências de “perdas” e/ou “desperdícios”?
8) Realizam acções de sensibilização aos alunos e respectivos encarregados de educação sobre a problemática das “perdas” e “desperdício” alimentar? Se si, quais, e em que períodos?
9) Que soluções preconizam, ou já implementaram, para reduzir as “perdas” e/ou “desperdício” alimentar?
Foi pedida a melhor colaboração e que as respostas pudessem ser dadas até ao dia 4 de Novembro.
Todos temos de entender que os recursos são limitados, que a alimentação das crianças e adolescentes é fundamental ao seu desenvolvimento, e que os fundos despendidos são públicos e não podem estar a ser desbaratados.