Editorial

Chuva de elementos no executivo do novo Governo
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Jorge VER de Melo

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Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

Temos imensa dificuldade em entender a necessidade desta exagerada quantidade de 70 elementos no executivo do nosso novo Governo quando existe tanta escassez de funcionários: na Saúde Pública, na Educação, na Justiça e nas Finanças, fundamentalmente.

Dá vontade de perguntar se não querem também acrescentar a esse executivo: o cão, o gato, o grilo, o periquito e o peixinho.

Estão certamente a exagerar “um pouco”…

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Bem sabemos que têm alguma urgência em colocar nos lugares de confiança, os membros do partido que mais se salientaram durante o trabalho da sua divulgação política, mas não é assim que devem proceder… Têm que procurar pessoas com preparação e prática da vida suficientes para governar bem. Assim talvez consigam resolver esta enorme confusão resultante de tantos executivos anteriores, “pelos resultados obtidos até este momento”.

Todos sabemos porque razão não conseguimos sair deste labirinto desgovernado. Raríssimas vezes entregam os cargos do executivo a profissionais da área, com prática suficiente a nos oferecer garantias de sucesso.

Se forem confirmar os currículos dos Secretários de Estado verificarão, sem menosprezar ninguém, que se trata na generalidade, de pessoas sem provas práticas confirmadas naquilo que vão ajudar a governar.

Já os Senhores Ministros são quase todos polivalentes, ou seja, pessoas altamente competentes que vão saltando de Ministério para Ministério sempre com capacidades acrescidas. Acreditam? Nós não.

Todos estes acontecimentos são surreais, senão vejamos:

– Reino Unido tem 22 Ministros “Ministers of Crown” nomeados pelo Primeiro Ministro;     https://pt.wikipedia.org/wiki/Gabinete_do_Reino_Unido

– A França tem 16 Ministérios;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Ministros_da_Fran%C3%A7a

– O Governo de Espanha tem 17 Ministérios;

https://www.tsf.pt/internacional/mulheres-em-maioria-no-novo-governo-espanhol-e-nos-ministerios-mais-importantes-9416623.html

– A Suécia tem 22 Ministros;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Executivo

– O Luxemburgo tem 16 Ministros;

https://www.wort.lu/pt/luxemburgo/as-novas-caras-do-governo-5c070f64182b657ad3b9b125

– A Noruega tem 17 Ministros;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Solberg

– O novo executivo do Governo de Portugal é formado por 20 Ministros, contando com o Primeiro Ministro António Costa e mais 50 Secretários de Estado.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/quem-e-quem-no-novo-governo-com-70-pessoas

Estes são alguns exemplos que nos podem vislumbrar uma pequena ideia por comparação, não só nos Ministérios, mas também nos Secretários de Estado que não vão mencionados até por serem irrelevantes nos outros países, mas podem ser consultados nos endereços anexos.

Isto representa gastos fabulosos em viaturas, despesas de representação e direitos adquiridos por cada executivo.

Já não temos capacidade para pagar tantos prejuízos!…

Não será preferível deixarem-se de megalomanias?

E se apenas escolhessem como fundamental a resolução dos problemas dos cidadãos?

É que além de mal pagos, estão cansados de serem esquecidos e desrespeitados.

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