Editorial

A cobardia mata – É preciso ter opinião e exercê-la
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Damião Cunha Velho

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Damião Cunha Velho

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Inúmeras pessoas que vemos como educadas muitas vezes são pessoas que raramente expõe as suas posições em relação a muitos temas.

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Dizem “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite” quando por nós se cruzam. Aplaudem sempre quando se faz um elogio a algo ou a alguém mas quando é preciso criticar alguma coisa que está mal e que se vê a olho nu, eles optam sempre, mesmo assim, por não se pronunciarem.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Então, se esses temas forem controversos jamais darão publicamente a sua opinião.

 

São excelentes a dar os parabéns no dia do nosso aniversário ou a dar os sentimentos quando alguém da nossa família morre.

Para mais do que isso não aparecem.

 

Este género de pessoas nunca constaram dos livros de história. Não conheço grandes escritores ou poetas assim. Mesmo cientistas, aqueles que muitas vezes tiveram ou têm que lutar contra a maré e mais tarde lhes ficamos a dever muitas vidas com as suas descobertas.

Não há como não ser visto como bem-educado assim. Só parte a loiça quem a lava.

 

A vida é feita de escolhas. Escolher o silêncio perante um acto de maldade é em si mesmo uma maldade. A maldade não é uma ideologia é também uma prática de quem age por omissão na sua vida quotidiana.

 

É preciso ter opinião e exercê-la. É um acto de cidadania.

Infelizmente, muitos fogem da opinião e há momentos em que esse ficar “em cima do muro” à espera de ver para que lado vai a maioria ou para que lado o muro tomba, milhares podem ter morrido.

Podia citar muitos exemplos que vão desde a violência doméstica até à guerra na Ucrânia.

Consequência: muito sofrimento e mortes que podiam ser evitados.

 

Há, de facto, muitas pessoas boas e com opinião bem argumentada.

O problema é que as más, apesar de serem menos, conseguem à custa dos que não se manifestam fazer muita porcaria, com um efeito extremamente nocivo para a sociedade.

O pequenino mundo dos cobardes pode estar a derrotar o mundo dos que se assumem e defendem aquilo em que pensam.

 

Vivem na sombra do politicamente correto.

Filhos de Rousseau que não se deixaram corromper pela sociedade ou filhos de Hobbes domesticados?!

Sem divagação dou uma resposta pragmática: cobardes, simplesmente.

 

Quem vive sem se mostrar como é e sem lutar por aquilo em que acredita não me parece educação mas sim cobardia.

 

Uma cobardia que mata!

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