No passado sábado, dia 26 de outubro, o Auditório Ramos Pereira em Vila Praia de Âncora acolheu o Concerto de Outono 2024 do Orfeão de Vila Praia de Âncora.
Desta vez com um convidado especial, o Coral Polifónica Anduriña de Coruxo – Vigo.
Um auditório muito bem composto foi uma excelente moldura para este concerto que recebeu amplo interesse do público.
A abrir o Concerto esteve em palco o anfitrião desta jornada coral – o Orfeão de Vila Praia de Âncora, sob a batuta do seu maestro Francisco Presa, que é seu diretor artístico desde 1984.
Depois das saudações protocolares, o Orfeão de Vila Praia de Âncora apresentou um programa muito variado, demonstrando a qualidade vocal dos orfeonistas e uma excecional postura de canto.
Iniciou a sua atuação com a peça “Acordai” de Fernando Lopes Graça/J. Gomes Ferreira, seguindo-se “A Senhora D’Aires” e “Oração a Santo António”, duas canções populares portuguesas com arranjo de Fernando Lopes Graça, “As 7 Mulheres do Minho”, de José Afonso/Arranjo de António Matias e “O Milho da Nossa Terra”, popular portuguesa com arranjo de Fernando Lopes Graça.
A atuação do Orfeão teve continuidade, com acompanhamento ao piano pela orfeonista Andreia da Fonte, com as interpretações “Al Compas de Habanera”, uma habanera de Evaristo Perez Garcia, “Todas as mañanitas” da Zarzuela D. Gil de Alcalá, terminando com chave d’ouro com a “Balada de Outono” de José Afonso/ José Firmino, numa atuação que mereceu generoso aplauso do público.
Seguiu-se o coral convidado – Coral Polifónica Anduriña, acompanhado pelo Agrupamento Cordas Novas de CRACC, dirigido pelo Maestro D. Javier Santalices Silva.
Iniciou a sua atuação com a habanera “Jardin de Ensueño” de Francisco Rivero, seguindo-se “El Huspede de Sevillano” do Coro de Lagarteranas Jacinto Guerrero, a habanera “Luisa Fernanda- Niña Merse, de Frederico Moreno Torroba, a canção portuguesa “Canção da Vindima”, de Fernando Lopes Graça e terminou com “Non chores Sabeliña”, um dueto cómico de Gustavo Freire Penelas.
Mais uma excelente atuação que recebeu generoso aplauso do público.
O Concerto terminou com a atuação dos dois corais em conjunto a interpretarem “La del Soto del Parral”, da Ronda dos Enamorados, de Reveriano Soutullo/Juan Verte, que é um galanteio amoroso cantado entre moças e moços, em que elas no fim do trabalho procuram a alegria e o amor, em vez do repouso, como bem ilustram estes versos:
“Mozas:
“Dónde estarán nuestros mozos, | que a la cita no quieren venir, | cuando nunca a este sítio faltaron | y se desvelaron por estar aqui? | Si es que me engaña el ingrato, | y celosa me quire poner, | no me llevo por él un mal rato, | ni le lloro, ni le imploro, | ni me importa perder su querer.
Mozos:
Ya estoy aqui, no te amohines, mujer, | que has de tener fé ciega en mi. | Te quiero, mi moza garrida, | segoviana de mi vida; sin ti no sé vivir.”
O público tributou de pé o seu agrado pela excelente qualidade deste Concerto de Outono. O Maestro D. Javier Silva teceu rasgados elogios à qualidade do Auditório e agradeceu ao Orfeão o honroso convite para atuar em Vila Praia de Âncora.
O Maestro Francisco Presa felicitou o Coral Viguês pela sua atuação e salientou a importância destes intercâmbios corais nesta Euro-Região Norte de Portugal-Galiza e a relação de especial amizade e intercâmbio entre os dois corais.
Como bom anfitrião, o Orfeão de Vila Praia de Âncora recebeu de seguida a comitiva do Coral Polifónica Anduriña na sua sede, na Casa do Orfeão, para um jantar convívio que serviu para estreitar, ainda mais, os elos de amizade que unem os dois grupos corais.
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A excelente organização deste Concerto é já uma referência de qualidade da música coral no outono em Vila Praia de Âncora.
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