Esta nova forma de viver com tudo que é virtual incluindo as redes sociais, empurra-nos para um tipo impensável de solidão. Vamos então apelidá-la de (epidemia existencial).
Sem sair de casa podemos ir ao cinema, ao teatro, falar com amigos ou inimigos, etc. Apenas vendo televisão, manipulando o computador ou o smartphone.
Não estamos a falar de novidades, isto é o nosso cotidiano… Mas, à custa disso estamos a transformar-nos em animais solitários e egocentristas o que nos precipita num mundo bélico, egoísta e desejoso de poder.
Tudo acontece sempre para obter tudo mais e melhor do que os outros possuem.
E assim chegamos a uma era descartável, até porque nessa luta acabamos por repetir compras ou adquirir algo desnecessário.
Estamos a lembrar esta situação porque em Harvard, durante 75 anos estudaram os efeitos do modo de vida de muitas pessoas e qual o seu efeito na longevidade de cada um.
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Embora todos pensemos na importância da genética, do dinheiro ou da alimentação como fundamentais para a nossa saúde, eles concluíram que afinal o fator mais importante é a relação com os amigos.
As fortes amizades podem ajudar-nos na longevidade por até mais dez anos do que o previsto.
O facto de termos de sair de casa para passear com eles já nos debita algumas vitaminas devido à exposição solar e ao ar que respiramos, mas o tal convívio estimula uma hormona chamada ocitocina que tem esse efeito da longevidade na nossa saúde.
Tudo porque a interação entre as pessoas, nos descontrai, provocando um efeito contrário ao da adrenalina que por sua vez nos causa stress.
Como sabemos, o stress é o culpado da maioria dos problemas do coração por aumentar os batimentos cardíacos logo, a tensão arterial encarrega-se de fazer os estragos indesejados.
A ocitocina aumenta os níveis da interleucina que auxilia o nosso corpo no controlo da imunidade e da memória. Assim, ficamos com uma tendência natural para a vida mais saudável. Essa estabilidade da saúde deixa-nos sobreviver, em princípio, mais alguns anos.
Mas a epidemia dos monitores é muito confortável e resolve-nos imensos problemas. Porém, quanto à saúde, não é muito aconselhável quando usados sem limites.
Os resultados dessas investigações dão-nos ótimas informações, talvez já esperadas por muita gente. Até porque tudo que é demasiado está possivelmente errado.
Algo nos diz que uma alegre cavaqueira é bem mais saudável do que todas aquelas horas agarrados ao virtual criando problemas ósseos, de obesidade e até mentais.
Será que o caminho da felicidade é bem mais simples do que imaginávamos?
Umas boas gargalhadas com alguns disparates à mistura dão-nos outra disposição para esquecer o que de mau vai acontecendo pelo mundo e até encarar a vida de forma mais saudável.
Já agora, podemos também fazer algumas divertidas caminhadas com os amigos, respirar ar puro, apanhar um pouco de sol e conversar mais regularmente, “olhos nos olhos”.
3 comentários
Tenho saudades de receber, mais, uma crítica sua.
Foi o único professor catedrático que me leu e me respondeu.
Fui um modesto professor secundário.
É um desperdício de tempo, com quem, escreveu, alguma vez!
Gosto de conversar com todo o meu semelhante.
Tenho um simples amigo em qualquer lado.
Sou um da humanidade…
Amigo Telmo, agradecemos-lhe sempre a sua útil colaboração. Já agora, vamos tentar continuar a não o dececionar no futuro.
Jorge VER de Melo
Um dia soube, neste lugar, do centenário do nascimento de Eugénio de Andrade. Depois vi a foto dele na capa de um literário. No dia 14 deste mês lembrei-me de comprar um livro dele. Comprei um livro que me transportou ao 1° ano do EB1.
Sou Leitor “revolucionàrio” no Polo de Joane da BMCC Branco de Vila Nova de Famalicão. Levei o livro ao bibliotecário, de serviço, e deu exposição a 19 de Janeiro, no dito Polo.
Olhos nos olhos.
Domingo houve cartões brancos em Joane, no final do futebol, por socorro a adepto taipense, por parte de um fisioterapeuta do Taipas e de um massagista do Joane.
Olhos nos olhos.
A minha filha, que é profissional de saúde, colaboradora de um vimaranense mensal e de um cerveirense quinzenário, informou-me. Juntei dois sites e informei o meu colega de O Jogo que me agradeceu, e saiu ontem.
Sem olhos nos olhos, mas olhos no papel.
Sofro de informite aguda.
Aguentem-me ou não.