A manhã do segundo dia do II Festival do Cordeiro à Moda de Monção foi reservada à demonstração da preparação, confecção e degustação do “rei” da festa. O chef Rui Ribeiro contou com a presença de Hélio Loureiro.
“Este prato faz-se em época de festa”, explica o chef monçanense. Rui Ribeiro apresentava os vários passos da preparação do prato típico. “É necessário dar banhos ao bicho”. O banho é dado com uma marinada de vinagre, água, sal e alho e começa no dia anterior. “Vamos esfregando três a quatro vezes”, dizia e demonstrava para uma plateia de monçanenses e visitantes, que no final degustaram o prato já confeccionado.
Aconselhando a manter a tradição, Rui Ribeiro fala da importância de fazer a calda para o arroz “com produtos caseiros”.
“Nós aqui não temos um forno a lenha para cozinhar o cordeiro, mas isso é o mais importante. O forno tem de ser aceso, pelo menos duas a três horas antes”.
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Carlos da Rocha, da Bela, estava a assistir na primeira fila. Na hora da prova levantou-se e foi degustar o cordeiro. “Está muito bom. Em casa também fazemos desta forma”, dizia.
Um grupo de amigos de Sanxenxo decidiram passar por Monção antes de ir para Caminha. “É a primeira vez que vimos cá e achamos um prato muito bom”.
Hélio Loureiro defendia a preservação da receita tradicional. “As receitas não devem ser alteradas”. Acrescentando: “Este é um prato muito interessante não só como receituário, mas também pela carga histórica. Mais do que uma receita é uma página da história”.