Editorial

Crónicas de Trazer por Casa: E eu a vê-los passar
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Zita Leal

Zita Leal

Professora

(Aposentada)

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Pensava eu “ aquele engano de alma “ mais trôpego que ledo, que pintar as brancas de loiro não afectaria a quantidade de neurónios que estupidamente julgava ter… Engano crasso. Sem querer ofender as senhoras loiras, estou afectada sim, mas se calhar é porque a minha tinta é daquelas a preço de promoção.

Não consigo entender, por exemplo, o que leva os gestores de empresas de nomeada receberem prémios pecuniários ou quejandos, quando os resultados da empresa apresentam um défice considerável. Alguém me poderá esclarecer? Vem-me à ideia a TAP, as irmãs da TAP, as primas da TAP que se queixam de resultados negativos e premeiam quem não lhes acautela os danos.

Não me entra na cabeça (eu avisei que a pintava) os ladrões de colarinho branco verem a sua situação ratificada por um rolar de tempo ronceiro e cúmplice que os iliba por prescrição habilmente desenhada e que por vezes lhes permite pedir indemnizações ao Estado.

Não percebo a razão que permite a evasão de indivíduos que manifestamente lesaram esse mesmo Estado, para praias de areias morenas e água quente onde constroem alojamentos de luxo que exploram servindo-se de mão de obra paupérrima sem que o travesseiro os incomode.

Nunca aceitei que cinco anos de universidade fossem necessários para aquisição de um diploma, quando num fim de semana poderia ter feito uma cadeira… Fui perdulária, sim senhor. Esbanjei os magros dinheiros que tinha em propinas, em fotocópias, em livros, quando teria os mesmos resultados se tivesse sido mais esperta. Ah, já percebi: tinha cabelos castanhos, naturais.

Quem me mandou não ser burra? Se voltasse atrás acautelava-me mais cedo.

Assim vou morrer burra!

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