Zita Leal
Professora
(Aposentada)
Qual primeira, qual segunda…. Muitas é que é preciso.
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Aqueles vídeos onde a mulher adúltera, melhor dizendo alegadamente adúltera, aparece a ser apedrejada atá à morte ( e é muito bem feito porque não tinha nada de andar a esbanjar amor fora de casa ), essas imagens que nos arrepiam e até , por vezes , nos levam a arrepiar caminho não vá o diabo tecê-las e sermos alvos de alguma pedrada, só podem merecer a nossa repulsa, não é? Sociedade cruel esta!
Não conheço a Tânia Laranjo, raramente vejo as notícias do Correio da Manhã, mas assisti ao apedrejamento em praça pública desta jornalista. Quem filmou? Quem foi o energúmeno ou energúmena que ridicularizou a colega e vai conseguir adormecer sem pesadelos? Não será expulso da Comunicação Social? Por favor, digam-me que foi uma montagem de péssimo gosto, ou um drone desgovernado, qualquer coisa menos dolorosa para a nossa compreensão. Com colegas de profissão assim, é preferível estar desempregado… Sociedade mais que cruel, esta!
E depois venham lamber as feridas dos animaizinhos abandonados, esfomeados que isso é muito bonito e dá votos, já se vê. Mas acudir a alguém que sofre de ressaca ( ou não ), que não consegue articular direito, que necessita urgentemente de um abraço que a sustenha, isso não vale a pena. Pedras para cima da Tânia Laranjo que ela merece, não é!
Ah, esqueci-me: a Laranjo azeda de hoje, também é doce! “ Minha laranja amarga e doce, meu poema…” cantava o poeta. Mas… os poetas também levam com pedras em cima que é para aprenderem a não ser parvos. E não é que continuam a ser?