Editorial

CRÓNICAS DE TRAZER POR CASA: Se calhar… RECICLEMOS
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Zita Leal

Zita Leal

Professora

(Aposentada)

 

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

As palavras de hoje nem chegam a ter lugar nas escrevinhices que apresento de vez em quando e a que pomposamente chamei de crónicas de trazer por casa. Tornaram-se mais arremedos de desabafos decrépitos e porventura senis de uma dona de casa antiga ( a dona, claro ) e que se pergunta “ Sonhei o quê? Acreditei que poderia ajudar o Outro quando? Oitenta anos de estrada solidária e atenta ao sofrimento alheio para quê?”

 

Comunista por ideal, humanista por amor, disse muitas vezes. “ Anseio pelo dia em que o meu partido não faça falta ao meu país. Será sinal de que os homens caminharão lado a lado, sem atropelos, sem falsidade. Como acreditei neste anseio ! Familiares e amigos estranhavam, achavam imbecis estes dislates, suponho até que não acreditavam na veracidade das palavras. Mas era e continua a ser verdade.

 

Face ao resultado das votações no Alentejo onde Catarinas caíram na luta por vida a ser Vida, onde trabalhadores de mal vestir e mau alimento suavam de sol a sol para que o Alentejo fosse o celeiro da Nação, tenho a ilusão que pelo menos lá, o PCP não faz falta nenhuma. Bom para eles e bom para mim que não preciso mais de sofrer por uma Questão Social resolvida. Mas estranho. Mas pergunto-me : “ O que falhou ? Onde é que nós comunistas nos perdemos?”

 

Dizem-me que estamos parados nas ideias antigas, que somos obsoletos, que toda a Europa já nos dispensou…

 

Pois claro: sigamos os três erres – Avante, camaradas!

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