Editorial

CRÓNICAS DE TRAZER POR CASA: INTÉ C’ UMA GATINHA DE CANA
Zita Leal

Zita Leal

Zita Leal

Professora

(Aposentada)

 

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Nas procissões do “ antes do covid “ em que as opas e os instrumentos musicais seguiam o mesmo compasso, juntava-se à banda um senhor da terra chamado Tété com uma gaita de cana presa nas mãos. 

Não descurava o andamento, balançava a gaita de cana como se de um clarinete se tratasse e não perdia a compostura mesmo que a garotada o provocasse. Creio que o Tété acreditava mesmo que era músico.

Avenida da Liberdade ( não lhe modifiquem o nome, por favor ), povo de punho erguido, sem punho erguido, com bandeiras, sem bandeiras, cantando Abril! Zeca, Zé Mário, Sérgio, Ary, Tordo, Paulo, todos eles acompanharam a caminhada. Gostei de ver e de ouvir. Em pensamento andei com eles tal como o Tété que acreditava. Mais crente fiquei quando em palco, a Ana Bacalhau, o Agir e tantos outros jovens alguns desconhecidos para mim, vestiram canções com roupagens modernaças e trouxeram os sons de Abril para um Abril que de vez em quando se esfumaça não sei para onde. Tal como a fénix mítica renascia ali. A malta sonha, a malta não desarma, a malta quer mesmo a Liberdade.

E igualzinha ao Tété da gaita de cana, eu acredito no que cantamos! Obrigada Tété, pela lição.

Viva Abril! Viva a Liberdade!

 

 

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