Nunca mais chega o tempo de eu ser comedida nas palavras que atiro ao papel e pior do que isso nas ideias que me assaltam quais cavalos à solta?
De criança meio selvagem a jovem refilona passei num ápice a velha revoltada que ninguém cala?
Estava tão bem no meu sossego de liga e meia, quando ouço a notícia da construção de um palco especial onde irá estar o Papa Francisco a rezar, a falar aos jovens que estarão em Lisboa para o ouvir. Milhões? Não acredito. A Mãe de Deus só teve direito a uma azinheira para se apoiar e era a Mãe e o representante tem direito a um palco faraónico? Grande injustiça essa! Aliás o Papa deverá recusar participar nessa afronta que ele é um homem simples e humilde, segundo dizem. E o nosso Marcelo? Ele que tem tentado dar abrigo aos sem – abrigo e não consegue verbas para tal? Desta vez não alinha em selfies risonhas e fará um ar carrancudo, creio. O senhor Moedas não vai conseguir convencê-lo não, espero. E porquê em Lisboa? Fátima não seria o local mais adequado? Senhor Presidente, guarde as moedas que lhe fazem falta para os seus irmãos sem casa.
Reconheço a falta de elegância com que escrevo mas não sei burilar as palavras quando a revolta me assalta. Estou de raiva, mesmo.
O que pensaria Cristo deste esbanjamento de dinheiro em prol da feira de vaidades em detrimento da ajuda possível à dignidade de sobrevivência de tantos irmãos na miséria? Ele expulsou os vendilhões do Templo por afrontas menores… Faria o mesmo agora? Espero que sim.
GOSTA DESTE CONTEÚDO?
- Não se esqueça de subscrever a nossa newsletter!